Eduardo Brechó – voz, guitarra e direção musical;
Xênia Fra… Read Full Bio ↴Aláfia é:
Eduardo Brechó – voz, guitarra e direção musical;
Xênia França – voz;
Jairo Pereira – voz;
Alysson Bruno – percussão;
Victor Eduardo – percussão;
Lucas Cirillo – gaita;
Pipo Pegoraro – guitarra;
Gabriel Catanzaro – baixo;
Gil Duarte – trombone, flauta;
Filipe Vedolin – bateria;
Fabio Leandro – teclado;
Gil Duarte – trombone, flauta;
Tudo começou em 2011, quando o bando Aláfia esquentava afinidades em uma temporada de shows no Bar B, no centro de São Paulo. A fala da rua, o frescor dos encontros e o contato profundo com a ancestralidade afro-brasileira então se mostraram aspectos fundamentais para a criação do grupo. Urbano, o bando pertence à cidade em transe. A música do Aláfia (“caminhos abertos” em ioruba) surge da digestão de influências diversas, do ponto de encontro entre rap, música de terreiro, MPB e funk. Ritmos e melodias dão forma a uma lírica sofisticada que questiona a sociedade atual e não deixa indiferente.
Após lançar um primeiro disco homônimo em 2013 na Choperia do SESC Pompéia com casa cheia, Aláfia percorreu boa parte da cidade e do estado de São Paulo, marcando presença nos CEUs, SESCs e casas de show locais, além de participar de eventos importantes como a comemoração do dia da Consciência Negra no Vale do Anhangabaú, a Virada Cultural de São Paulo e a Virada Cultural Paulista, a abertura da Mostra Cultural da Cooperifa, o Festival João Rock em Ribeirão Preto, a Mostra Cultural da Favela Monte Azul, dentre outros. A banda conquistou também outros estados: o Ceará na Mostra SESC Cariri de Cultura e o Rio de Janeiro dentro do Festival Veraneio no Oi Futuro Ipanema, até realizar sua primeira apresentação fora do país na Plaza de la Revolución em Havana, Cuba.
Com sua originalidade, ganhou destaque na mídia e reconhecimento dentro do cenário musical. A música Mais Tarde entrou na trilha sonora do game da Eletronic Arts “Fifa World Cup 2014” e a música Em Punga integra a Coletânea New Sounds da revista Songlines (UK). Em maio de 2014, Aláfia lançou o single Quintal acompanhado do seu primeiro videoclipe, com mais de 4000 visualizações em dois dias.
2015 marca o lançamento do segundo disco, Corpura (YB Music) contemplado pelo programa Natura Musical. Produzido por Alê Siqueira e Eduardo Brechó, o disco traz o compromisso da banda não só com a ancestralidade e matrizes brasileiras, mas também com a necessidade do diálogo sobre a realidade cultural e social do país. Questões atuais e relevantes são levantadas e musicadas ao passo que o som do Aláfia flerta com a black music carioca dos anos 70 e o funk norte americano e africano. É o funk candomblé que atinge sua maturidade. Corpura, ao mesmo tempo que nos incita a refletir, é também um convite a dançar.
Proteja Seu Quilombo
Aláfia Lyrics
Jump to: Overall Meaning ↴ Line by Line Meaning ↴
Do rombo sobrado do mocambo
Da sombra do arrombado
Que desde Istambul a Gilbraltar
Da terra que acaba em Boa Esperança
Do cabo que dança
Entre o Atlântico e Madagascar
Proteja o quilombo
Com a morte no lombo
Como Anikulapo
Como Zumbi
Zambi vai zoar
Quem nos deixa no limbo
Proteja seu bumbo
Proteja esse samba
Proteja o escambo
Proteja a macumba
Proteja do Rambo
Dos fuzis de Rimbaud
Proteja a bombeta
Proteja a cabeça
Proteja seu bumbo
Proteja esse samba
Proteja o escambo
Proteja a macumba
Proteja do Rambo
Dos fuzis de Rimbaud
Proteja a cabaça
Proteja o oriz
Proteja do projétil
Do projeto antipreto
Atrás do biombo
Pra não sucumbir
Ta a incumbido a proteger
Seu malungo do chumbo
Em trincheira de axé
Deixa soar o estampido rataplan
Nos quatro cantos do mundo
Proteja o quilombo
Do rombo sobrado do mocambo
Da sombra do arrombado
Que desde Istambul a Gilbraltar
Da terra que acaba em Boa Esperança
Do cabo que dança
Entre o Atlântico e Madagascar
Proteja o quilombo
Da nau de Colombo
Com a morte no lombo
Como Anikulapo
Como Zumbi
Zambi vai zoar
Quem nos deixa no limbo
Proteja seu bumbo
Proteja esse samba
Proteja o escambo
Proteja a macumba
Proteja do Rambo
Dos fuzis de Rimbaud
Proteja a bombeta
Proteja a cabeça
Proteja seu bumbo
Proteja esse samba
Proteja o escambo
Proteja a macumba
Proteja do Rambo
Dos fuzis de Rimbaud
Proteja a cabaça
Proteja o oriz
Proteja do projétil
Do projeto antipreto
Atrás do biombo
Pra não sucumbir
Ta a incumbido a proteger
Seu malungo do chumbo
Em trincheira de axé
Deixa soar o estampido rataplan
Nos quatro cantos do mundo
Até mais que isso, ein
Que esses resquício
Fica esquisito nóis nesses quesito
Nós bota quilo nos equipo, que tal?
Batuque no quintal é aqui
Bem quisto e aquilo
Dou bica quando quica quem não trinca
Quiçá se pá minha bic na quina da esquina
Seus Quincas, minhas tintas
Quieto
Em 500 anos sem clero, fiz ecos
Fiz quizila, sou zica, não me inquieto, voz não nego
The lyrics to Alafia's song Proteja Seu Quilombo call for protecting the quilombo, a community of Afro-Brazilian slaves who fled slavery and created autonomous settlements. The song highlights the historical violence and exploitation faced by the quilombos from various parts of the world. The reference to the "nau de Colombo" (Columbus' ship) with "morte no lombo" (death on the back) represents the arrival of Europeans in Brazil and the resulting enslavement and genocide of millions of Indigenous people. The song also references figures important to African and Afro-Brazilian resistance movements, including Anikulapo, Zumbi, and Zambi. The lyrics urge listeners to protect their cultural practices, such as the bumbo drum, samba, macumba, and oriz rice. The song also critiques anti-Black violence, including the "projeto antipreto" (anti-Black project) and the use of weapons like the fuzis de Rimbaud (guns of Rimbaud).
The lyrics' repetition of the phrase "proteja seu/quilombo" (protect your/quilombo) emphasizes the importance of collective action in resistance and liberation movements. The song encourages individuals to take up the responsibility of protecting their communities and cultural heritage, even in the face of overwhelming violence and oppression. The use of Portuguese and references to African and Brazilian historical figures and cultural practices capture the complex and intersecting histories of colonialism, slavery, and resistance in Brazil.
Line by Line Meaning
Proteja o quilombo
Protect the community
Do rombo sobrado do mocambo
From the damage to the community's house
Da sombra do arrombado
From the shadow of the broken
Que desde Istambul a Gilbraltar
From the oppression that extends from Istanbul to Gibraltar
Da terra que acaba em Boa Esperança
From the persecution that reaches the end of hope
Do cabo que dança
From the instability of the cape
Entre o Atlântico e Madagascar
Between the Atlantic and Madagascar
Proteja o quilombo
Protect the community
Da nau de Colombo
From the oppression of Columbus
Com a morte no lombo
With the burden of death
Como Anikulapo
Like Anikulapo
Como Zumbi
Like Zumbi
Zambi vai zoar
Zambi will mock
Quem nos deixa no limbo
Those who leave us in a state of uncertainty
Proteja seu bumbo
Protect your drum
Proteja esse samba
Protect this samba
Proteja o escambo
Protect the exchange
Proteja a macumba
Protect the macumba
Proteja do Rambo
From Rambo
Dos fuzis de Rimbaud
From Rimbaud's guns
Proteja a bombeta
Protect the hat
Proteja a cabeça
Protect your head
Proteja do projétil
Protect from the projectile
Do projeto antipreto
From the anti-black project
Atrás do biombo
Behind the screen
Pra não sucumbir
To not succumb
Ta a incumbido a proteger
It is incumbent upon you to protect
Seu malungo do chumbo
Your brother from lead
Em trincheira de axé
In a trench of axé
Deixa soar o estampido rataplan
Let the rataplan sound
Nos quatro cantos do mundo
In the four corners of the world
Até mais que isso, ein
Even more than that, huh
Que esses resquício
With these remnants
Fica esquisito nóis nesses quesito
It gets weird for us in these matters
Nós bota quilo nos equipo, que tal?
We put kilos on the equipment, how about that?
Batuque no quintal é aqui
The batuque in the backyard is here
Bem quisto e aquilo
Well liked and that
Dou bica quando quica quem não trinca
I kick when it hits someone who doesn't crack
Quiçá se pá minha bic na quina da esquina
Perhaps my bike hits the corner of the street
Seus Quincas, minhas tintas
Your Quincas, my inks
Quieto
Quiet
Em 500 anos sem clero, fiz ecos
In 500 years without clergy, I made echoes
Fiz quizila, sou zica, não me inquieto, voz não nego
I created problems, I'm skilled, I'm not bothered, I don't deny my voice
Writer(s): Ayo Shani, Eduardo Brechó, Fábio Leandro
Contributed by Isaac B. Suggest a correction in the comments below.
@jorgetarcio1064
Muito bom! Já vai p minha play list do celular ....