A Voz Do Dono E O Dono Da Voz
Chico Buarque Lyrics
Até quem sabe a voz do dono
Gostava do dono da voz
Casal igual a nós, de entrega e de abandono
De guerra e paz, contras e prós
Fizeram bodas de acetato - de fato
Assim como os nossos avós
O dono prensa a voz, a voz resulta um prato
Que gira para todos nós
O dono andava com outras doses
Deus deu ao dono os dentes, Deus deu ao dono as nozes
Às vozes Deus só deu seu dó
Porém a voz ficou cansada após
Cem anos fazendo a santa
Sonhou se desatar de tantos nós
Nas cordas de outra garganta
A louca escorregava nos lençóis
Chegou a sonhar amantes
E, rouca, regalar os seus bemóis
Em troca de alguns brilhantes
Enfim, a voz firmou contrato
E foi morar com novo algoz
Queria se prensar, queria ser um prato
Girar e se esquecer, veloz
Foi revelada na assembléia - atéia
Aquela situação atroz
A voz foi infiel trocando de traquéia
E o dono foi perdendo a voz
E o dono foi perdendo a linha - que tinha
E foi perdendo a luz e além
E disse: Minha voz, se vós não sereis minha
Vós não sereis de mais ninguém
(O que é bom para o dono é bom para a voz)
Lyrics © O/B/O APRA AMCOS
Lyrics Licensed & Provided by LyricFind
To comment on specific lyrics, highlight them
Francisco Buarque de Hollanda, better know as Chico Buarque, is a Brazilian singer-songwriter, guitarist, composer, playwright, writer and poet. He is best known for his music, which often includes social, economic and cultural reflections on Brazil.
The firstborn son of Sérgio Buarque de Hollanda, Buarque lived at several locations throughout his childhood, though mostly in Rio de Janeiro, São Paulo, and Rome. He wrote and studied literature as a child and found music through the bossa nova compositions of Tom Jobim and João Gilberto. Read Full BioFrancisco Buarque de Hollanda, better know as Chico Buarque, is a Brazilian singer-songwriter, guitarist, composer, playwright, writer and poet. He is best known for his music, which often includes social, economic and cultural reflections on Brazil.
The firstborn son of Sérgio Buarque de Hollanda, Buarque lived at several locations throughout his childhood, though mostly in Rio de Janeiro, São Paulo, and Rome. He wrote and studied literature as a child and found music through the bossa nova compositions of Tom Jobim and João Gilberto. He performed as a singer and guitarist in the 1960s as well as writing a play that was deemed dangerous by the Brazilian military dictatorship of the time. Buarque, along with several Tropicalist and MPB musicians, was threatened by the Brazilian military government and eventually left Brazil for Italy in 1969. However, he came back to Brazil in 1970, and continued to record, perform, and write, though much of his material was suppressed by government censors. He released several more albums in the 1980s and published three novels in the 1990s and 2000s.
In 2019, Buarque was awarded the Camões Prize, the most important prize for literature in the Portuguese language.
The firstborn son of Sérgio Buarque de Hollanda, Buarque lived at several locations throughout his childhood, though mostly in Rio de Janeiro, São Paulo, and Rome. He wrote and studied literature as a child and found music through the bossa nova compositions of Tom Jobim and João Gilberto. Read Full BioFrancisco Buarque de Hollanda, better know as Chico Buarque, is a Brazilian singer-songwriter, guitarist, composer, playwright, writer and poet. He is best known for his music, which often includes social, economic and cultural reflections on Brazil.
The firstborn son of Sérgio Buarque de Hollanda, Buarque lived at several locations throughout his childhood, though mostly in Rio de Janeiro, São Paulo, and Rome. He wrote and studied literature as a child and found music through the bossa nova compositions of Tom Jobim and João Gilberto. He performed as a singer and guitarist in the 1960s as well as writing a play that was deemed dangerous by the Brazilian military dictatorship of the time. Buarque, along with several Tropicalist and MPB musicians, was threatened by the Brazilian military government and eventually left Brazil for Italy in 1969. However, he came back to Brazil in 1970, and continued to record, perform, and write, though much of his material was suppressed by government censors. He released several more albums in the 1980s and published three novels in the 1990s and 2000s.
In 2019, Buarque was awarded the Camões Prize, the most important prize for literature in the Portuguese language.
More Genres
No Artists Found
More Artists
Load All
No Albums Found
More Albums
Load All
No Tracks Found
Genre not found
Artist not found
Album not found
Search results not found
Song not found
J. Van Pelt
Letra:
Até quem sabe a voz do dono
Gostava do dono da voz
Casal igual a nós, de entrega e de abandono
De guerra e paz, contras e prós
Fizeram bodas de acetato - de fato
Assim como os nossos avós
O dono prensa a voz,
A voz resulta um prato
Que gira para todos nós
O dono andava com outras doses
A voz era de um dono só
Deus deu ao dono os dentes
Deus deu ao dono as nozes
Às vozes Deus só deu seu dó
Porém, a voz ficou cansada após
Cem anos fazendo a santa
Sonhou se desatar de tantos nós
Nas cordas de outra garganta
A louca escorregava nos lençóis
Chegou a sonhar amantes
E, rouca, regalar os seus bemóis
Em troca de alguns brilhantes
Enfim a voz firmou contrato
E foi morar com novo algoz
Queria se prensar,
Queria ser um prato
Girar e se esquecer, veloz
Foi revelada na assembléia - atéia
Aquela situação atroz
A voz foi infiel, trocando de traquéia
E o dono foi perdendo a voz
E o dono foi perdendo a linha - que tinha
E foi perdendo a luz e além
E disse: "Minha voz, se vós não sereis minha
Vós não sereis de mais ninguém"
(O que é bom para o dono é bom para a voz
O que é bom para o dono é bom para vós
O que é bom para o dono é bom para nós)
J. Van Pelt
Letra:
Até quem sabe a voz do dono
Gostava do dono da voz
Casal igual a nós, de entrega e de abandono
De guerra e paz, contras e prós
Fizeram bodas de acetato - de fato
Assim como os nossos avós
O dono prensa a voz,
A voz resulta um prato
Que gira para todos nós
O dono andava com outras doses
A voz era de um dono só
Deus deu ao dono os dentes
Deus deu ao dono as nozes
Às vozes Deus só deu seu dó
Porém, a voz ficou cansada após
Cem anos fazendo a santa
Sonhou se desatar de tantos nós
Nas cordas de outra garganta
A louca escorregava nos lençóis
Chegou a sonhar amantes
E, rouca, regalar os seus bemóis
Em troca de alguns brilhantes
Enfim a voz firmou contrato
E foi morar com novo algoz
Queria se prensar,
Queria ser um prato
Girar e se esquecer, veloz
Foi revelada na assembléia - atéia
Aquela situação atroz
A voz foi infiel, trocando de traquéia
E o dono foi perdendo a voz
E o dono foi perdendo a linha - que tinha
E foi perdendo a luz e além
E disse: "Minha voz, se vós não sereis minha
Vós não sereis de mais ninguém"
(O que é bom para o dono é bom para a voz
O que é bom para o dono é bom para vós
O que é bom para o dono é bom para nós)
Darlene Silva Quintanilha
Fala sério: que letra não? Essa capacidade do Chico de fazer escultura com as palavras. Amo.
Yasmin Papov
Esse agudo que ele faz nesta música me mata! Eita Chico...
emidio lucas
Cada vez que ouço gênios como o Chico tenho mais orgulho de ser brasileiro.
Carlos Montez
A letra dessa música é genial!
Rabbit Lima
chico é chico , genial ! quanto mais a gente conhece a obra mais se apaixona,pena que o povo brasileiro só goste de " ai se eu te pego" música de quinta categoria
Jocilene Mattos
infelizmente o povo não conhece a obra do chico
Paulo Sergio Sabino
Nós conhecemos 👏👏👏
É o que realmente importa ✊👊
Adhonay Alves França - Aplimat
Muito infeliz essa realidade...
Marcila Teixeira
Show de música e autor cantor !!!