a guerra não vai acabar
Facção Central Lyrics


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[Verso 1: Eduardo, Dum-Dum]
Aí, promotor, o pesadelo voltou
Censurou o clipe, mas a guerra não acabou
Ainda tem tem defunto a cada treze minutos
Da cidade entre as quinze mais violentas do mundo
A classe rica ainda dita a moda do inferno
Colete à prova de bala embaixo do terno
No ranking do sequestro, o quarto do planeta
51 por ano com capuz e sem orelha
Continua a apologia na panela do barraco
Ao empresário na Cherokee desfigurado
180 mil presos, menor decapitado
Cabeça arremessada no peito do soldado
O sistema carcerário ainda é curso pra latrocínio
Nota dez no ensino de queimar seguro vivo
Família amarrada, miolo pelo quarto
Hollow-point no doutor pra ver dólar no saco
Destaque da TV sensacionalista
Que filma sem pudor o trabalho da perícia
Contando buraco no crânio no corpo do boy morto
Pela Glock que o sistema porco põe no morro
Mas pra mim é 286 quando falo do sangue que escorre
Do pescoço do vigia dentro do carro forte
Enquanto o descaso pra periferia
Transformar meu povo em carniça
Tem Facção na fita, sanguinário na rima
[Refrão x4: Eduardo e Dum-Dum]
Pode censurar, me prender, me matar
Não é assim, promotor, que a guerra vai acabar

[Verso 2: Dum-Dum, Eduardo]
Não tem inquérito pra TV que tem a vadia nua
Novela das seis, sete, oito, sem Ministério nem censura
É só o meu rap que é nocivo pro sistema hipócrita
A justiça não quer ouvir que o moleque que o pai dá as costas
Pode invadir seu apê, derrubar sua porta
Matar seu parente pra pagar treta de droga
Se tem sangue, eu canto sangue
Se tem morte, eu canto morte
Relato o que leva o ladrão pro cofre
Não sou eu que coloco o mano lá no banco
Estourando gerente, saindo trocando
Foi na TV que eu vi parte da polícia deitada
Assistindo o resgate, dominada, desarmada
Delegada chorando, desistindo do emprego
Meu clipe ainda era um sonho e a real um pesadelo
Eu não preciso estimular o latrocínio
Nem o sequestro relâmpago num empresário rico
O Brasil não dá escola, mas dá metralhadora
O Brasil não dá comida, mas põe crack na rua toda
Não vem me colocar de bode expiatório
País falso moralista, é você que quer velório
Aí tia da mansão fazendo oração
Esperando o contato do sequestrador em vão
O seu filho deve tá morto. Quer saber por quê?
Combater violência aqui é me calar ou me prender
[Refrão x4: Eduardo e Dum-Dum]
Pode censurar, me prender, me matar
Não é assim, promotor, que a guerra vai acabar

[Verso 3: Eduardo, Dum-Dum]
Por que não olham pro moleque sem infância no morro
De oitão na cinta, sangue na mente, apetitoso?
Homicídio, latrocínio, só profetizo o óbvio
Cercado pelo crack a consequência é óbito
Vendo sua mãe catando fruta apodrecida
Rasgando lixo, comendo o resto da burguesa galinha metida
Que quando vê um da favela, pisa, acelera
Pra essa cadela, só é gente quem tem lagosta na panela
A criança vira um monstro com 13 no pente
Quando percebe que a propaganda de bike, videogame
Playcenter, tênis, Danone, McLanche
É só pro filho da madame
Carboniza um corpo, desfigura um rosto
Quando vê que pra ele é só pipa, água de esgoto
Não é desculpa pra revolta, porque não é seu filho
O seu tá de Audi, alimentado, bem vestido
Vai se tornar empresário bem sucedido
Não vai precisar gritar assalto em nenhum ouvido
Facção é só o retrato da guerra civil brasileira
Da carnificina rotineira
Assusta menos que o menor muito louco
Espalhando seu miolo pelo visor do caixa eletrônico
Pode censurar, me prender, me matar
Não é assim promotor, que a guerra vai acabar
[Refrão x4: Eduardo e Dum-Dum]




Pode censurar, me prender, me matar
Não é assim, promotor, que a guerra vai acabar

Overall Meaning

The lyrics of "A Guerra Não Vai Acabar" by Facção Central depict the ongoing violence, corruption, and inequality in Brazilian society. The song addresses the issues faced by the marginalized communities in the country, particularly in the favelas and impoverished areas. The lyrics highlight the persistence of crime, such as frequent murders, kidnappings, and the influence of drug trafficking. The song criticizes the wealthy elite who continue to dictate the rules and perpetuate an environment of chaos.


The verses express the frustration and dissatisfaction with the justice system, which seems to overlook the crimes committed by those in power while suppressing the voice of the marginalized. The lyrics mention the hypocrisy of censoring rap music while allowing explicit content in mainstream media, such as TV shows and soap operas. The artists also emphasize the lack of opportunities for the underprivileged, pointing out the absence of proper education, food, and social support. They argue that the system perpetuates the cycle of violence and crime rather than providing solutions.


Overall, the lyrics convey a message of defiance and resistance against oppression. The artists refuse to be silenced or silenced, expressing that the war on inequality and injustice will not end through censorship or persecution. They call for attention to be given to the root causes of violence and inequality, urging society to address these issues instead of targeting those who speak out.




Lyrics © O/B/O APRA AMCOS
Written by: DumDum

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Comments from YouTube:

Fabio Pedroso

essa música é monstra, serve tanto pra hipocrisia dos que tentaram censura ele, quanto pra qualquer pessoa q acha rap "violento"....

"NÃO É DESCULPA PRA REVOLTA PQ NÃO É SEU FILHO"

Claudinho Dinho

Edu monstro rap realista

Vincent Vega

Minha música favorita do Facçã

Fabricio Gomes

eduardo é um poeta,que cara fodaaa

Jean Cardoso

Aí promotor o pesadelo voltou!

Wendemezulene Silva

Isso é facção top de mais

Felipe Villela

Muito braba cheguei pelo rap news world

Art' Gesso

Sem palavras!!! 💥

Pablo Bastos

Eternamente Facção

Cícero Arnaldo Arnaldo

Só as brabas top d mas

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