Asa Branca
Gonzaguinha Lyrics


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Quando olhei a terra ardendo
Qua fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judia�o

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantaç�£o
Por farta d'água perdi meu gado
Moreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse a deus Rosinha
Guarda contigo meu cora�o

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na pranta�o
Eu te asseguro não chore não, viu




Que eu voltarei, viu
Meu cora�o

Overall Meaning

Gonzaguinha's song "Asa Branca" is a heartfelt tribute to the rural workers in Brazil's Northeast region, where harsh droughts and arid lands often make life difficult for the local communities. The song starts with the singer observing a huge fire burning across the land, set in celebration of the traditional São João festival. However, upon realizing that the blaze is threatening their already fragile environment, he questions God why there's such cruelty in the world. The following lines further explore the devastating impact of the drought, as it makes the crops not grow and the cattle die from thirst. Even the white-winged bird "Asa Branca," a symbol of hope and freedom for the people of the sertão, flies off in search of water.


The second part of the song depicts the singer's longing to return to his homeland, despite the ongoing difficulties of living there. He recalls the verdant fields and the spark in his lover's eyes, reassuring her that he will always come back to her once the rain finally resurfaces. This last verse contrasts the harshness of reality with the emotional comfort of hope, as both the love for one's land and the affection between two people become the pillars of hope and resilience in the face of adversity.


Line by Line Meaning

Quando olhei a terra ardendo
When I saw the burning land


Qua fogueira de São João
Like a Saint John bonfire


Eu preguntei a Deus do céu, uai
I asked God from heavens, uai


Por que tamanha judiação
Why such mistreatment


Que braseiro, que fornaia
What a fire, what a furnace


Nem um pé de prantação
Not even a crop


Por farta d'água perdi meu gado
Due to lack of water I lost my cattle


Moreu de sede meu alazão
My stallion died of thirst


Inté mesmo a asa branca
Even the white winged dove


Bateu asas do sertão
Flew away from the sertão


Intonce eu disse a deus Rosinha
Then I told God, Rosinha


Guarda contigo meu coração
Keep my heart safe with you


Hoje longe muitas léguas
Today, far away in many leagues


Numa triste solidão
In a sad loneliness


Espero a chuva cair de novo
I hope for the rain to fall again


Para eu voltar pro meu sertão
So I can go back to my sertão


Quando o verde dos teus oio
When the green of your eyes


Se espalhar na prantação
Spreads across the plantation


Eu te asseguro não chore não, viu
I assure you not to cry, see


Que eu voltarei, viu
That I'll come back, see


Meu coração
My heart




Writer(s): Aloysio Oliveira, Humberto Teixeira Cavalcanti, Luiz Gonzaga Copyright: Fermata Do Brasil Ltda

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@EuCoruja

Quando criança, não gostava dessa música. Eu ria. Achava graça. Sou uma pessoa da cidade. Nasci no Recife. Em 2001, fui morar no sertão pernambucano. Lá cresci com muito ressentimento. As pessoas não gostavam de mim porque eu era da capital, e eu tinha um distanciamento muito grande da cultura. Era ensoberbado com minhas influências estrangeiras de literatura, cinema e videogame. Ainda gosto muito dessas coisas, mas felizmente aprendi a apreciar meu Nordeste, admirar sua história gigantesca, seus heróis fantásticos e sua belíssima cultura.

Hoje, em 2023, em tempo de São João, me encontro chorando ao ouvir este hino. Circunstâncias da vida me levaram a morar em Santa Catarina. Felizmente não passo necessidade e não vim por obrigação de trabalho, tal como os milhares que são retratados nesta e outras canções de Gonzaga, e muitos irmãos que encontro aqui recorrentemente, do Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte. Sou professor, tive a oportunidade de estudar e recebo um salário acima da vasta maioria dos brasileiros. Mas hoje, finalmente, eu entendo. Eu entendo o que cantava Gonzaga e tantos outros, sobre a saudade do Nordeste. Sobre querer voltar para a minha terra. Eles foram forçados a sair (seus objetos e eus-líricos), e não existe lugar neste Brasilzão que seja mais acolhedor, aconchegante, amigável, e, por isso, bonito, que o Nordeste.

Um dia eu volto. Quando a vida permitir. Não vou ficar nesta cidade, eu vou voltar pro sertão.

Pro meu Pernambuco, pro meu Ceará.

Chora, acordeão!



@luanduarte2428

Todo nordestino carrega no peito, a história do meu Padim Ciço Romão;

o protetor do nordeste, conselheiro do sertão;

que foi honrado e respeitado até mesmo por lampião;

esse chão é de romeiros do meu padim de Juazeiro;

que acode nosso povo, é por ele que o nordestino chama na hora de seu sufoco.

meu nordeste tem até santo, ainda tem quem ache pouco.



@layseramos5725

Quando oiei' a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu preguntei' a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação?
Eu preguntei' a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação?
Que braseiro, que fornaia'
Nenhum pé de prantação'
Por farta' d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta' d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté' mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce' eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entonce' eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar' pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar' pro meu sertão
Quando o verde dos teus óio'
Se espaiar' na prantação'
Eu te asseguro, não chore, não, viu
Que eu vortarei', viu, meu coração
Eu te asseguro, não chore, não, viu
Que eu vortarei', viu, meu coração



All comments from YouTube:

@user-pt2kp9hz4w

Quem está ouvindo esse clássico em 2024 da like ....😊😊😊

@marianunes889

eu

@MariaCecilia-gb5vr

Euuu

@mili_fofis_ofc

Euuuu

@user-bb9cf7gd1g

Euuu

@user-sb3dg5ql1n

Eu aqui lembrando do meu vô ❤ q gostavam e aprendi com ele❤

7 More Replies...

@EuCoruja

Quando criança, não gostava dessa música. Eu ria. Achava graça. Sou uma pessoa da cidade. Nasci no Recife. Em 2001, fui morar no sertão pernambucano. Lá cresci com muito ressentimento. As pessoas não gostavam de mim porque eu era da capital, e eu tinha um distanciamento muito grande da cultura. Era ensoberbado com minhas influências estrangeiras de literatura, cinema e videogame. Ainda gosto muito dessas coisas, mas felizmente aprendi a apreciar meu Nordeste, admirar sua história gigantesca, seus heróis fantásticos e sua belíssima cultura.

Hoje, em 2023, em tempo de São João, me encontro chorando ao ouvir este hino. Circunstâncias da vida me levaram a morar em Santa Catarina. Felizmente não passo necessidade e não vim por obrigação de trabalho, tal como os milhares que são retratados nesta e outras canções de Gonzaga, e muitos irmãos que encontro aqui recorrentemente, do Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte. Sou professor, tive a oportunidade de estudar e recebo um salário acima da vasta maioria dos brasileiros. Mas hoje, finalmente, eu entendo. Eu entendo o que cantava Gonzaga e tantos outros, sobre a saudade do Nordeste. Sobre querer voltar para a minha terra. Eles foram forçados a sair (seus objetos e eus-líricos), e não existe lugar neste Brasilzão que seja mais acolhedor, aconchegante, amigável, e, por isso, bonito, que o Nordeste.

Um dia eu volto. Quando a vida permitir. Não vou ficar nesta cidade, eu vou voltar pro sertão.

Pro meu Pernambuco, pro meu Ceará.

Chora, acordeão!

@LucasGameandAnime

Que história foda!

@HerbethDavid

Que bom que você abriu o coração para as raizes, meu irmão! Jesus te abençoe.

@leudepereira7059

Um tempo que o brasileiro conseguia distinguir a boa música cultural. Adoraria ter nascido nessa época.

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