Cuitelinho
Milton Nascimento Lyrics


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Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espáia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Aí quando eu vim de minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia




Os óio se enche d'água
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai

Overall Meaning

Milton Nascimento's song Cuitelinho tells the story of a man who arrives at the port and is greeted by the beauty of the ocean and its surroundings. He sees the herons and the waves crashing against the shore. However, he is troubled by the fact that the cuitelinho bird dislikes the falling rose petals. The lyrics then transition to his departure from home and his journey to Paraguay, where he encounters a revolution and faces fierce battles. The chorus repeats the theme of missing someone so much that it hurts like a sharp knife, causing the heart to ache and the eyes to fill with tears.


The song’s lyrics paint a picture of a tumultuous and dangerous period in the singer's life. The lines “Entre o roxo das manhãs / E o pardo das tardes feias” (Between the purple of the mornings / And the drabness of the ugly afternoons) reveal the harsh realities of war and how it affects one's surroundings. The inclusion of the cuitelinho bird is especially poignant as it symbolizes the singer's longing for someone he misses terribly.


Line by Line Meaning

Cheguei na beira do porto
I arrived at the port's edge


Onde as ondas se espáia
Where the waves spread out


As garça dá meia volta
The heron turns back


E senta na beira da praia
And sits on the beach's edge


E o cuitelinho não gosta
And the little bird does not like


Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
The rosebud to fall, oh, oh, oh


Aí quando eu vim de minha terra
So when I left my homeland


Despedi da parentaia
I said goodbye to my relatives


Eu entrei no Mato Grosso
I entered Mato Grosso


Dei em terras paraguaia
And arrived in Paraguayan lands


Lá tinha revolução
There was a revolution there


Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai
I faced strong battles, oh, oh, oh


A tua saudade corta
Your absence cuts


Como aço de navaia
Like a razor's edge


O coração fica aflito
The heart becomes anxious


Bate uma, a outra faia
One beat, then another strikes


Os óio se enche d'água
The eyes fill with water


Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai
Blurring the sight, oh, oh, oh




Contributed by Josiah V. Suggest a correction in the comments below.
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Most interesting comment from YouTube:

@gilbertoamorimmoura8808

Essa história você não conhecia:
CUITELINHO
(Música popular oriunda da tradição do Mato Grosso)
Na história dessa música existem pontos controversos, mas resumidamente:
os dois primeiros versos são muito antigos;
datam da época da Guerra do Paraguai.
Pois bem, o grande Paulo Vanzolini,
que além de compositor de sucesso
foi também pesquisador do Instituto Butantã,
passou uns tempos trabalhando em Mato Grosso.
Conheceu nessa época o violeiro Xandô (Luís Carlos ?) que apresentou para ele os dois primeiros versos<
Cheguei na beira do porto
Onde as ondas se espáia
As garças dá meia volta
E sentam na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai
Quando eu vim da minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
E em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei forte bataia, ai, ai, ai
Paulo Vanzolini deve ter deixado alguns corações palpitando por lá,
e seguramente levou saudades porque acrescentou um terceiro verso,
e a tornou uma das músicas mais gravadas no Brasil :
A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os zóio se enche d'água
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai.
É aqui que entro na roda:
minha filha foi passar um longo período estudando no exterior, e eu sentia muito sua falta. Saudade enorme.
Quando ouvia esses versos então.....
Um dia ouvi uma gravação com um verso novo, parece que acrescentado por um professor do interior de São Paulo, que diz:
Eu peguei seu retratinho,
coloquei numa medaia,
com seu vestidinho branco
e um laço de cambraia,
pendurei bem junto ao peito
onde o coração trabaia..
Esses versos já são cantados por vários interpretes, e ajudaram muito a amenizar a saudade que eu sentia,
E como a vida é cheia de surpresas, minha profissão de engenheiro me levou a trabalhar no Mato Grosso do Sul por vários anos.
Mas o dia chegou de minha volta para o trabalho no sudeste.
Havia a tristeza de deixar aquela terra inspiradora de cultura guarani e pantaneira, mas ao mesmo tempo a alegria de voltar.
Eu já não chorava ao ouvir o Cuitelinho e minha filha já tinha retornado ao Brasil.
Aí me deu na inspiração de tornar a música alegre, de forma que escrevi
OS ÚLTIMOS VERSOS DE CUITELINHO
que foram incorporados a um versão cantada pelo meu tio
Zé Campeiro e seu parceiro Rosano, improvisada em seu estúdio em Itajubá, onde o Zé Campeiro é muito famoso e
inclusive dá nome à concha acústica da praça principal da cidade. Veja o que acrescentei,
pedindo licença e tomando a benção do Xandô, de Paulo Vanzolini e de Zé Campeiro e Rosano.
Vou voltar pra minha terra
pra rever a parentaia,
abraçar os meus amigos
antes que a vida se esvaia,,
ver de novo as garça branca
sentadinhas lá na praia.......
E assim foi. Ficou registrado em diversas postagens na época e pelo jornalista Luiz Nascif.
E pelo vídeo do Zé Campeiro e Rosano.
Adaptando um ditado antigo:
"saudade pouca é bobagem"
Ao voltar para minha terra, Itajubá, não encontrei mais as
garças brancas na vargem onde eu caçava passarinhos na minha infância e juventude Lá agora é o belo campus da Unifei.
Espero que o plano de expansão do campus para os lados da saída para a Serra dos Toledos, que tem previsão de um grande lago, possa vir a ser repovoado com as garças brancas.
A "parentaia" está aumentando com as novas gerações.
Os amigos da minha época de estudante estão diminuindo.
Quanto aos cuitelinhos, nome do beija-flor lá no Mato Grosso, espero que sobrevivam.
Quanto à mim,
"O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia".
Eng. José Ailton B. da Silva.
Vitoria ES
No mês da pandemia de março de 2021.



All comments from YouTube:

@andrenazo.

Parece que voz de Milton contém vários instrumentos musicais dentro dela de tão harmoniosa e aveludada que é, ôh louco!!

@eternoeterno8199

Ele engoliu uma orquestra

@deisecastro5750

Concordooooo 🤩😍 Voz maravilhosa demais ❤️ Um show 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

@walterfonseca7316

Poucos músicos, conseguem expressar de improviso e a vivo a qualidade vocal do encontrado em estúdios, como tanta tecnologia. impressionante e maravilhoso. Milton Nascimento e uma destas raridades e sempre humilde. Se você ouvir o disco original, é igualzinho. E ele, vamos cantar. kkk muito bom

@marcelloscaldini8026

Sem dúvida, dois patrimônios da nossa cultura: Milton Nascimento e Rolando Boldrin!!

@douglassousa1292

3, essa música do Pena Branca e Xavantinho também é um patrimônio da nossa cultura sem dúvidas

@marcelloscaldini8026

@@douglassousa1292 Corrigindo, essa música não é do Pena Branca e Xavantinho, mas um canto folclórico de lavoura colhido pelo compositor Paulo Vanzolini

@Devenalme

Milton Nascimento é não é uma pessoa comum. É um anjo que nasceu pra nos encantar.

@josedeoliveiranetooliveira6997

Maravilha!!!....que coisa linda

@fabricioandradedesartori8653

Milton Nascimento não tem explicação, uma lenda viva!

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