Songs such as Chico Fininho and A Rapariguinha do Shopping were instant classics in the 1980s. His lyrics, usually written by Carlos Tê, are strongly influenced by Porto's culture. An unconditional lover of the blues, he has played with B.B. King, being also fascinated by Jimi Hendrix. He became one of the most productive and renowned Portuguese musicians, as his discography clearly shows today.
DISCOGRAPHY
ALBUNS
1980 - Ar de Rock
1982 - Fora de Moda
1983 - Guardador de Margens
1986 - Rui Veloso
1988 - Ao Vivo
1990 - Mingos & Os Samurais
1992 - O Auto da Pimenta
1995 - Lado Lunar
1998 - Avenidas
2000 - O Melhor de Rui Veloso
2003 - O Concerto Acústico
2005 - A Espuma das Canções
SINGLES
1980 Ar de Rock - Chico Fininho
1981 Um Café e um Bagaço
1982 Fora de Moda - Estrela do Rock and Roll
1984 Costa Verde
1986 Rock da Liberdade
1986 Rui Veloso - Porto Covo
1986 Rui Veloso - Porto Sentido
1986 Rui Veloso - O Negro do Rádio de Pilhas
1988 Rui Veloso ao vivo - A Ilha
1991 Auto da Pimenta - Logo Que Passe a Monção
1992 Maubere
1995 Mingus & Samurais - Não Há Estrelas no Céu
1995 Lado Lunar - Lagos de Cristais
1995 Lado Lunar - Guadiana
1995 Lado Lunar - Do Meu Vagar
1995 Lado Lunar - Lado Lunar
1995 Lado Lunar - Do Meu Vagar
1998 Avenidas - Limpa Corações
1998 Avenidas - Jura
1998 Avenidas - Todo o Tempo do Mundo
2000 Ar de Rock - Tributo 20 Anos Depois - Chico Fininho
2003 Concerto Acústico - Nunca Me Esqueci de Ti
2003 Concerto Acústico - Os Velhos do Jardim
2005 A Espuma das Canções - Canção De Alterne
A Gente Não Lê
Rui Veloso Lyrics
Jump to: Overall Meaning ↴ Line by Line Meaning ↴
Que escuro vai dentro de nуs
Rezar o terзo ao fim da tarde
Sу para espantar a solidгo
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mгo
Que adianta saber as marйs
Tratar por tu os ofнcios
Entender o suгo e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Nгo ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trбs da luz
Aн senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nуs
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezнtia
De boca em boca passar o saber
Com os provйrbios que ficam na gнria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidгo cб no fundo
Fica-se sentado а soleiro
A ouvir os ruнdos do mundo
E a entendк-los а nossa maneira
Carregar a superstiзгo
De ser pequeno ser ninguйm
E nг quebrar a tradiзгo
Que dos nossos avуs jб vem
The song "A Gente Não Lê" by Rui Veloso talks about the importance of education and knowledge in life. The first stanza addresses the idea of praying to God to ward off loneliness and entrusting him with our fate. The following lines say that although it is essential to know how to farm, how to speak the language of the land and identify the signs of nature, there is no use in only knowing the physical world. Without knowledge, it is not possible to see beyond the physical appearances and detect the gloomy intention of people.
The second stanza states that we are born with empty minds, and it is through learning that we can gain wisdom and avoid being ignorant. Passing knowledge from one generation to another is essential to keep it alive, and proverbs play an important part in this. The third stanza emphasizes how not learning leads to isolation and brings superstition and the sense of being nobody. The last line speaks of the importance of preserving traditions.
Overall, the song implies that it is not enough to rely on physical senses and that knowledge brings wisdom and connection to the world.
Line by Line Meaning
Ah senhor das furnas
Oh Lord of the caves
Que escuro vai dentro de nós
How dark it goes within us
Rezar o terço ao fim da tarde
Praying the rosary in the evening
Só para espantar a solidão
Just to get rid of loneliness
Rogar a Deus que nos guarde
Begging God to guard us
Confiar-lhe o destino na mão
Trusting Him with our fate in His hand
Que adianta saber as marés
What's the point of knowing the tides
Os frutos e as sementeiras
The fruits and the seeds
Tratar por tu os ofícios
Being familiar with the trades
Entender o suor e os animais
Understanding the sweat and the animals
Falar o dialecto da terra
Speaking the dialect of the land
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
Knowing its body by the signs
E do resto entender mal
And not understanding the rest
Soletrar assinar em cruz
Just spelling and signing crosses
Não ver os vultos furtivos
Not seeing the elusive figures
Que nos tramam por trás da luz
That plot against us behind the light
Aí senhor das furnas
Oh Lord of the caves
Que escuro vai dentro de nós
How dark it goes within us
A gente morre logo ao nascer
We die soon after being born
Com olhos rasos de lezítia
With eyes full of simplicity
De boca em boca passar o saber
Passing knowledge from mouth to mouth
Com os provérbios que ficam na gíria
With the proverbs that remain in slang
De que nos vale esta pureza
What good is this purity for us
Sem ler fica-se pederneira
Without reading, one becomes dull
Agita-se a solidão cá no fundo
Loneliness stirs deep within
Fica-se sentado à soleiro
Sitting in the doorway
A ouvir os ruídos do mundo
Listening to the noises of the world
E a entendê-los à nossa maneira
And understanding them in our way
Carregar a superstição
Carrying superstition
De ser pequeno ser ninguém
Of being small and no one
E não quebrar a tradição
And not breaking tradition
Que dos nossos avós já vem
That comes from our grandparents
Contributed by Violet P. Suggest a correction in the comments below.
@alexandre-cr5sw
Ai senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terco ao fim da tarde
Só para espantar a solidao
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mao
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os oficios
Entender o suao e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Nao ver os vultos furtivos
Que nos tramam por tras da luz
Ai senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezitia
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na giria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidao ca no fundo
Fica-se sentado à soleiro
A ouvir os ruidos do mundo
E a entende-los à nossa maneira
Carregar a supersticao
De ser pequeno ser ninguém
E na quebrar a tradicao
Que dos nossos avós ja vem
@josesoaresmartins7951
Um dos grandes poemas da nossa literatura! O Carlos tê é enorme!
@ofelialopes14
Fantástico poema e música, atuais!
@agostinhosilva3167
Simplesmente Fantástico.
PARABÉNS Carlos e Rui, pela esta linda canção. OBRIGADO
@catvideojogos
Sonoridade única é uma das músicas que define a Portugalidade! Merecedor do Legado Secular do nosso Povo na voz Maravilhosa de Rui Veloso ! mais que um Homem , é um Foco de Cultura que nos torna Únicos no Mundo ! Obrigado pela Contribuição Rui Veloso !
@diogocarvalho3481
Que letra extraordinária.
@alexandre-cr5sw
Ai senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terco ao fim da tarde
Só para espantar a solidao
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mao
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os oficios
Entender o suao e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Nao ver os vultos furtivos
Que nos tramam por tras da luz
Ai senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezitia
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na giria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidao ca no fundo
Fica-se sentado à soleiro
A ouvir os ruidos do mundo
E a entende-los à nossa maneira
Carregar a supersticao
De ser pequeno ser ninguém
E na quebrar a tradicao
Que dos nossos avós ja vem
@anabento9635
Introdução do meu trabalho de licenciatura 💪🏾 serviço social - tema - solidão nos idosos da freguesia de S. Jorge de Arroios em LX
@rogeriofernandes772
Ouvir este álbum Fora de Moda é um verdadeira inspiração!!!
@brunomarques1781
Letra é fantástica...assim como a música também soa bem...na versão da Isabel a música fica viva e tradicional com toque celta e folclore. ..
@RobertoBarreiro1970
Tanto me diz esta música! Obrigado aos autores da mesma, Carlos Tê e Rui Veloso porque descrevem, na perfeição, uma triste realidade de um passado ainda tão presente. É triste não saber ler, é como uma escuridão que permanece até ao fim...