A violeira
Mônica Salmaso Lyrics


Jump to: Overall Meaning ↴  Line by Line Meaning ↴

Desde menina caprichosa e nordestina
Que eu sabia, a minha sina era no Rio vir morar
Em Araripe, topei com o chofer de um jipe
Que descia pra Sergipe pro serviço militar
Esse maluco me largou em Pernambuco
Quando um cara de trabuco me pediu pra namorar
Mais adiante, num estado interessante
Um caixeiro viajante me levou pra Macapá
Uma cigana revelou que a minha sorte
Era ficar naquele Norte, eu não queria acreditar
Juntei os trapos com um velho marinheiro
Viajei no seu cargueiro que encalhou no Ceará
Voltei pro Crato e fui fazer artesanato
De barro bom e barato pra mó de economizar
Eu era um broto e também fiz muito garoto
Um mais bem feito que outro, eles só faltam falar
Juntei a prole e me atirei no São Francisco
Enfrentei raio, corisco, correnteza e coisa má
Inda arrumei com um artista em Pirapora
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar
Ver Ipanema foi que nem beber Jurema
Que cenário de cinema que poema à beira-mar
E não tem tira, nem doutor, nem ziguizira
Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar!

Será verdade que eu cheguei nessa cidade
Pra primeira autoridade resolver me escorraçar?
Com a tralha inteira, remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira e o São Francisco me levar?
Me distrair nos braços de um barqueiro sonso
Despencar na Paulo Afonso no oceano me afogar?
Perder os filhos em Fernando de Noronha
E voltar morta de vergonha pro sertão de Quixadá?
Tem cabimento depois de tanto tormento
Me casar com algum sargento e todo sonho desmanchar




Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Eu quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar!

Overall Meaning

The song "A violeira" by Mônica Salmaso tells the story of a woman who left her hometown in the Northeast of Brazil to live in Rio de Janeiro. The lyrics describe her journey through different states and the challenges she faced along the way, including being abandoned by a man in Pernambuco and losing her children in Fernando de Noronha. Despite these hardships, she remains determined to stay in Rio, captivated by the beauty of Ipanema and refusing to be removed from her new home.


The lyrics are full of references to Brazilian geography and culture, from the Araripe mountains in Ceará to the São Francisco River that runs through five states. The singer encounters a wide range of characters on her journey, from a soldier to a traveling salesman to a gypsy who predicts her future. Through it all, she remains a "violeira," a woman who plays the viola and sings in the traditional style of Northeastern Brazil.


Line by Line Meaning

Desde menina caprichosa e nordestina
Since I was a capricious and northeastern girl


Que eu sabia, a minha sina era no Rio vir morar
I knew my fate was to come and live in Rio


Em Araripe, topei com o chofer de um jipe
In Araripe, I met the driver of a jeep


Que descia pra Sergipe pro serviço militar
Who was heading to Sergipe for military service


Esse maluco me largou em Pernambuco
This crazy guy left me in Pernambuco


Quando um cara de trabuco me pediu pra namorar
When a guy with a gun asked me to be his girlfriend


Mais adiante, num estado interessante
Later on, in an interesting state


Um caixeiro viajante me levou pra Macapá
A traveling salesman took me to Macapá


Uma cigana revelou que a minha sorte
A gypsy revealed that my destiny


Era ficar naquele Norte, eu não queria acreditar
Was to stay in the North, I didn't want to believe it


Juntei os trapos com um velho marinheiro
I moved in with an old sailor


Viajei no seu cargueiro que encalhou no Ceará
Traveled on his cargo ship that ran aground in Ceará


Voltei pro Crato e fui fazer artesanato
I returned to Crato and started making crafts


De barro bom e barato pra mó de economizar
With good quality and low-cost clay to save money


Eu era um broto e também fiz muito garoto
I was young and also made many toys


Um mais bem feito que outro, eles só faltam falar
One better than the other, they almost talk


Juntei a prole e me atirei no São Francisco
I took the kids and threw myself into the São Francisco River


Enfrentei raio, corisco, correnteza e coisa má
Fighting thunderstorms, lightning, currents, and bad things


Inda arrumei com um artista em Pirapora
I even got involved with an artist in Pirapora


Mais um filho e vim-me embora
Had one more child and then left


Cá no Rio vim parar
Ended up here in Rio


Ver Ipanema foi que nem beber Jurema
Seeing Ipanema was like drinking Jurema


Que cenário de cinema que poema à beira-mar
What a movie scene, what a seaside poem


E não tem tira, nem doutor, nem ziguizira
No cop, no doctor, and no troublemakers


Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar!
I want to see who will take us away from here!


Será verdade que eu cheguei nessa cidade
Is it true that I came to this city


Pra primeira autoridade resolver me escorraçar?
For the first authority to kick me out?


Com a tralha inteira, remontar a Mantiqueira
With all my stuff, remount the Mantiqueira mountains


Até chegar na corredeira e o São Francisco me levar?
Until I reach the rapids and the São Francisco River takes me away?


Me distrair nos braços de um barqueiro sonso
To be distracted in the arms of a naive boatman


Despencar na Paulo Afonso no oceano me afogar?
Fall over Paulo Afonso and drown in the ocean?


Perder os filhos em Fernando de Noronha
Lose my children in Fernando de Noronha


E voltar morta de vergonha pro sertão de Quixadá?
And come back dead with shame to the Quixadá countryside?


Tem cabimento depois de tanto tormento
Does it make sense after so much torment


Me casar com algum sargento e todo sonho desmanchar
To marry some sergeant and ruin all my dreams


Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
No charm, no tractor, and no lever


Eu quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar!
I want to see who will take us away from here!




Contributed by Zoe D. Suggest a correction in the comments below.
To comment on or correct specific content, highlight it

Genre not found
Artist not found
Album not found
Song not found
Most interesting comments from YouTube:

Isabella Salvego

Desde menina
Caprichosa e nordestina
Que eu sabia, a minha sina
Era no Rio vir morar
Em Araripe
Topei como chofer dum jipe
Que descia pra Sergipe
Pro Serviço Militar

Esse maluco
Me largou em Pernambuco
Quando um cara de trabuco
Me pediu pra namorar
Mais adiante
Num estado interessante
Um caixeiro viajante
Me levou pra Macapá

Uma cigana revelou que a minha sorte
Era ficar naquele Norte
E eu não queria acreditar
Juntei os trapos com um velho marinheiro
Viajei no seu cargueiro
Que encalhou no Ceará

Voltei pro Crato
E fui fazer artesanato
De barro bom e barato
Pra mó de economizar
Eu era um broto
E também fiz muito garoto
Um mais bem feito que o outro
Eles só faltam falar

Juntei a prole e me atirei no São Francisco
Enfrentei raio, corisco
Correnteza e coisa-má
Inda arrumei com um artista em Pirapora
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar

Ver Ipanema
Foi que nem beber jurema
Que cenário de cinema
Que poema à beira-mar
E não tem tira
Nem doutor, nem ziguizira
Quero ver que é que tira
Nós aqui desse lugar

Será verdade
Que eu cheguei nessa cidade
Pra primeira autoridade
Resolver me escorraçar
Com tralha inteira
Remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira
O São Francisco me levar

Me distrair
Nos braços de um barqueiro sonso
Despencar na Paulo Afonso
No oceano me afogar
Perder os filhos
Em Fernando de Noronha
E voltar morta de vergonha
Pro sertão de Quixadá

Tem cabimento
Depois de tanto tormento
Me casar com algum sargento
E todo sonho desmanchar
Não tem carranca
Nem trator, nem alavanca
Quero ver que é que arranca
Nós aqui desse lugar



Ramonita Pedroso

Desde menina
Caprichosa e nordestina
Que eu sabia, a minha sina
Era no Rio vir morar
Em Araripe
Topei como chofer dum jipe
Que descia pra Sergipe
Pro Serviço Militar
Esse maluco
Me largou em Pernambuco
Quando um cara de trabuco
Me pediu pra namorar
Mais adiante
Num estado interessante
Um caixeiro viajante
Me levou pra Macapá
Uma cigana revelou que a minha sorte
Era ficar naquele Norte
E eu não queria acreditar
Juntei os trapos com um velho marinheiro
Viajei no seu cargueiro
Que encalhou no Ceará
Voltei pro Crato
E fui fazer artesanato
De barro bom e barato
Pra mó de economizar
Eu era um broto
E também fiz muito garoto
Um mais bem feito que o outro
Eles só faltam falar
Juntei a prole e me atirei no São Francisco
Enfrentei raio, corisco
Correnteza e coisa-má
Inda arrumei com um artista em Pirapora
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar
Ver Ipanema
Foi que nem beber jurema
Que cenário de cinema
Que poema à beira-mar
E não tem tira
Nem doutor, nem ziguizira
Quero ver que é que tira
Nós aqui desse lugar
Será verdade
Que eu cheguei nessa cidade
Pra primeira autoridade
Resolver me escorraçar
Com tralha inteira
Remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira
O São Francisco me levar
Me distrair
Nos braços de um barqueiro sonso
Despencar na Paulo Afonso
No oceano me afogar
Perder os filhos
Em Fernando de Noronha
E voltar morta de vergonha
Pro sertão de Quixadá
Tem cabimento
Depois de tanto tormento
Me casar com algum sargento
E todo sonho desmanchar
Não tem carranca
Nem trator, nem alavanca
Quero ver que é que arranca
Nós aqui desse lugar



All comments from YouTube:

Christiane dos Santos

Nossa! Que música mais linda e boa de ouvir!!!

Isabella Salvego

Desde menina
Caprichosa e nordestina
Que eu sabia, a minha sina
Era no Rio vir morar
Em Araripe
Topei como chofer dum jipe
Que descia pra Sergipe
Pro Serviço Militar

Esse maluco
Me largou em Pernambuco
Quando um cara de trabuco
Me pediu pra namorar
Mais adiante
Num estado interessante
Um caixeiro viajante
Me levou pra Macapá

Uma cigana revelou que a minha sorte
Era ficar naquele Norte
E eu não queria acreditar
Juntei os trapos com um velho marinheiro
Viajei no seu cargueiro
Que encalhou no Ceará

Voltei pro Crato
E fui fazer artesanato
De barro bom e barato
Pra mó de economizar
Eu era um broto
E também fiz muito garoto
Um mais bem feito que o outro
Eles só faltam falar

Juntei a prole e me atirei no São Francisco
Enfrentei raio, corisco
Correnteza e coisa-má
Inda arrumei com um artista em Pirapora
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar

Ver Ipanema
Foi que nem beber jurema
Que cenário de cinema
Que poema à beira-mar
E não tem tira
Nem doutor, nem ziguizira
Quero ver que é que tira
Nós aqui desse lugar

Será verdade
Que eu cheguei nessa cidade
Pra primeira autoridade
Resolver me escorraçar
Com tralha inteira
Remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira
O São Francisco me levar

Me distrair
Nos braços de um barqueiro sonso
Despencar na Paulo Afonso
No oceano me afogar
Perder os filhos
Em Fernando de Noronha
E voltar morta de vergonha
Pro sertão de Quixadá

Tem cabimento
Depois de tanto tormento
Me casar com algum sargento
E todo sonho desmanchar
Não tem carranca
Nem trator, nem alavanca
Quero ver que é que arranca
Nós aqui desse lugar

Iuri Korolev

A parceria Chico e Tom produziu poucas músicas mas todas grandes obras-primas.

kerojus2

Interpretação perfeita da Monica Salmaso, para esta obra-prima da dupla brasileira maravilhosa, Chico-Tom!

Maria De Lourdes

Tudo que Mônica Salmaso canta, encata. Sou fã!!!

Bosco Paulo

Essa musica é linda demais! Por que o Brasil não conhece e não escuta Mônica Salmaso?

Rita Assis

É porque eles escutam Anita

Rafael Fonseca De Freitas

Eu tenho medo de comentar uma música assim. Tudo o que digo é pouco e fico pensando se meus comentários estragarem a música, linda demais!!

Giselio Gomes

@Higner Mansur muito de ótimo bom gosto

Higner Mansur

CARACA, QUE TEXTO LEGAL O SEU, RAFAEL

More Comments

More Versions