Favela
Menor Do Chapa Lyrics


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Se tu não parar de marra, meu bonde vem e te para
Se tu não abraça o papo, o papo vem e te abraça
Mano, os cana peida de subir de madrugada
Sempre marca operação com a porta da creche lotada
Mais uma mãe revoltada, uma pergunta sem resposta
Como o policial não viu seu uniforme da escola?
Vinícius é atingido com a mochila nas costas
Como é que eu vou gritar que a Favela vive agora?
Cocielo fez piada, mas no beco ninguém riu
'Tava ensinando racismo pra um público infantil

Troquei o puta que pariu pelo puto que partiu
E vim com o flow caminhoneiro que é pra parar o Brasil
Só meus fiel de fechar, entrego na mão de Deus
Inimigo eu só lamento, tão tudo na minha mão
Não apadrinho mancada, num abraço vacilação
Eu só corro pelo certo, quem não pode errar sou eu
Tão pedindo intervenção em pleno ano de eleição
Será que tu num entendeu como funciona isso até hoje?
O exército subindo pra matar dentro da favela
Mas a cocaína vem da fazenda dos Senadores

De Pedro Cabral a Sérgio Cabral
Gente, vocês deram Red Bull à cobra
Construindo mudanças substanciais
Pedreiro da cena sem te cobrar nem mão de obra, é
Esquerda de lá, direita de cá
E o povo segue firme tomando no centro
Onde a tristeza do abuso é pra maioria
E o prazer de gozar sobra pra 1%
Hm mano meu foi preso roubando manteiga, é
Saiu da tranca, quis assaltar um banco
Daquele tipo de ladrão, pernas pra quem tem
Bala alojada no joelho, hoje te chamam manco
Meu pai me disse "cuidado com essa pochete e esse cabelo loiro
Meu filho, 'cê num é branco"
Geral vestido igual, mas os canas te olharam diferente, eu só lamento
No banco de trás 'cê vai sentir o solavanco
Pras Patty é só avanço, sola Vans
E as minas aqui da área nem sapato tem
A maioria de barriga cheia, quem dera fosse de comida
E a mãe do filho de um membro do trem
Mas nós sorri quando cai grana
Fumo um verde grama, se a de verde gama
Quando o Galo ganha
Ou quando ela diz que o Djonga tem a manha
Eu sei, eu sei
Parece que nós só apanha
Mas no meu lugar se ponha e suponha que
No século 21, a cada 23 minutos morre um jovem negro
E você é negro que nem eu, pretinho, ó
Não ficaria preocupado?
Eu sei bem o que 'cê pensou daí
Rezando não 'tava, deve ser desocupado
Mas o menor 'tava voltando do trampo
Disseram que o tiro só foi precipitado
No mais, saudade dos amigo que se foi
P.j.l. Pros irmão que 'tá na tranca

Eu não posso falar tudo que eu sei
Passou da barricada, aqui é nós quem faz as leis
Quadrado formado, bico atravessado, já tô pernoitado
Eu jogo ronda pra poder passar o tempo
Só tem homem-bomba na paranoia
Tentou me pegar na tróia
Mas não pôde acompanhar meus pensamentos
Seu tiro foi certeiro, mas pegou no meu colete
Motão BMW no pinote é igual foguete
Esquece o capacete porque agora é só granada
Os pouco aqui são louco e não vão recuar por nada
Gestão avançada, inteligente, mas é tudo de repente
Fecha o tempo, que o AK é trovoada
Whisky, balãozada, muda o vento, deu na previsão do tempo
Que a Glock vai fazer chover rajada
É só ter fé no Pai, que o inimigo cai
A tropa 'tá na pista fardada de Calvin Klein
Eu temo pela vida dos menor que me admira
Pensar que na favela só se vence pela ira
E sendo observado pela lente de uma mira
Ser alvo da inveja ou da língua que conspira
Eu 'to sempre na infra e ligeiro com os covarde
X9 e fofoqueiro tão matando mais que a AIDS
A geração iPhone usa drone e roupa de grife
A tecnologia a favor desses patifes
Talvez eles me peguem na escuta, falando com as puta
E o crime fica só no BBM
O instinto sobrevive às arapuca, eu me camuflo na muvuca
E sumo à bordo de um Porsche Cayenne

Entre o crime e o rap
Click-clack
Nasce um som, morre um moleque
História triste sem snap
Quem é guerra quer paz
Vocês querem músicas sobre armas
Escrevo sobre traumas
Pra ouvidos que têm almas
Que é isso?
Foi tiro do blindado que acertou Marcos Vinícius
Caído ali, sem árbitro de vídeo
E vocês quer sustentar o hype
Comparar o melhor flow
Viram três Favela Vive e não viu o quanto ela chorou
Parei pra respirar por um instante
Mas quando olhei pro céu só vi os tiros de traçante
Pensei meu Deus, quem dera fossem as estrelas cadentes
Que o sangue que escorresse não fosse de um inocente
Seria o bastante
Evangélicos e bandidos
Que têm cara de bandido
Alguns de nós pregamos fé, estamos divididos
Mesma raça, mesmo sangue, mesma cor
Morrendo pelo que não tem valor
E eu não saí nesse retrato
Escrevo um desacato
Responsa é minha pena sem fiança
Os professores do assalto
À La Casa do Favelado
Revistam a mochila das crianças
O bonde do mal passou
E eu disse hoje eu não vou
Preciso escrever uma matança
Avisa a minha mina que hoje eu vou me atrasar
E guarda os nossos filhos onde a polícia não alcança

(Eu vim do Atalaia)
(Eu vim da favela)
Do Atalaia, inveja e falsidade no mundo do crime
Champanhe e brusa de time, assim que começa a marola
Quem segura um fuzil quando o menor sonhava em ser jogador
Mas, sem dinheiro, não decola
Sem dinheiro são poucas escolhas
O favelado na favela vive dentro de uma bolha
O favelado na favela vive e sobrevive nela

Eu sou o favelado que vive pela favela, porra!
A escola me reprovou de série, mas a rua me aprovou pra ser representante dela
Se a sirene sinaliza a dor, atira o sinalizador pra explanar que hoje é guerra
Matei o presidente pra que o povo se rebele
Gritei Marielle, presente! Essa bala também me fere
E esse tiro fere cada morador que já teve um sonho frustrado
E só quem é vai sentir na pele
E eu prego a fé, independente da crença
É a nossa dor que alimenta as reportagens da imprensa
Me diz, o que custa pedir licença?
Troca de tiro te assusta, mas a troca de olhar comigo é mais tensa
Meu mano Play ficou preso dezoito anos
Quando eu tinha dezoito, ele me disse "o crime não compensa"
Eu respondi que sou daqueles que acredita
Que pensar sobre a vitória vai fazer que você vença
Pensa no Baile da Gaiola lotado, as piranha jogando, os mano faturando
Meu show anunciado, um poeta no topo, um favelado rico
Os humilhados serão exaltados!
Nos dão armas e drogas, e nos perguntam
Por que somos bandidos e por que nós atiramos
Fiquem bem longe de nós, deixa que nós nos viramos
Temos tudo que precisamos
(Do Atalaia!)

Quem foi que não sentiu discriminado por alguém?
Há vinte anos atrás, cantava paz
Mas, de lá pra cá, só andamos pra trás
Aliás
A nova geração eu respeito
Só quem 'tava lá, naquele tempo, sabe o jeito, o que foi feito
O sofrimento que passamos
Vário manos, milianos, sem os panos
Mas atitude de respeito (daquele jeito)
Hey, é grave a greve, sei
Que o tempo é breve, dei
O melhor de mim até ali
Vou continuar a cantar
O tempo vai passar
Você vai lembrar da Negra aqui
Ideia certa, papo reto, não tem mistério
O dinheiro em si não faz o império
Seu legado, sua honra, seu mérito
Espero, país que eu quero, progresso
O jovem no Brasil sendo levado a sério
Quem corre atrás, labuta, nunca perde a luta
Eu sei (eu sei)




Mantém sua conduta
Essa é a lei

Overall Meaning

The lyrics of Menor Do Chapa's song "Favela" address various social issues and inequalities faced by people living in favelas (slums) in Brazil. The song criticizes the police brutality and corruption that exists in these areas, highlighting incidents where law enforcement carried out operations while schools were in session, endangering the lives of children. The lyrics also reference the racial discrimination faced by black people, mentioning a joke made by a famous influencer that promotes racism to a young audience.


The song reflects on the challenges and struggles faced by those living in favelas, including poverty, lack of opportunities, and the cycle of crime and violence. It discusses the urgency for change and denounces the inequalities in society, where the majority suffers while a privileged few benefit. The lyrics also touch on themes of hope, highlighting the importance of unity, faith, and perseverance.




Lyrics © Universal Music Publishing Group, Warner Chappell Music, Inc.
Written by: Liliane de Carvalho, Gustavo Pereira Marques, Roger Amorim De Sousa, Guilherme Pereira, Guilherme Reis, Joao Marcelo Ramalho, Thiago Jorge Rosa Dos Santos, Thomaz Garcia De Souza

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@amandacristina.

[Verso 1: DK]
Se tu não parar de marra, meu bonde vem e te para
Se tu não abraça o papo, o papo vem e te abraça
Mano, os cana peidam de subir de madrugada
Sempre marca operação com a porta da creche lotada
Mais uma mãe revoltada, uma pergunta sem resposta
Como o policial não viu seu uniforme da escola?
Vinicius é atingido com a mochila nas costas
Como é que eu vou gritar que a Favela Vive agora?
Cocielo fez piada mas no beco ninguém riu
Tava ensinando racismo pra um publico infantil
Troquei o puta que pariu, pelo puto que partiu
E vim com o flow caminhoneiro que é pra parar o Brasil
Só os meus fiel de fecha entrego na mão de Deus
Só os meus fiel de fecha entrego na mão de Deus
Inimigo eu só lamento, tão tudo na minha mão
Não há padrinho, mancada, não abraço vacilação
Eu só corro pelo certo quem não pode errar sou eu
Tão pedindo intervenção em pleno ano de eleição
Será que tu num entendeu como funciona isso até hoje?
O exército subindo pra matar dentro da favela
Mas a cocaína vem da fazenda dos senadores

[Verso 2: Djonga]
De Pedro Cabral a Sérgio Cabral
Gente, vocês deram Red Bull á cobra
Construindo mudanças substanciais
Pedreiro da cena sem te cobrar nem mão de obra
É esquerda de lá, direita de cá
E o povo segue firme tomando no centro
Onde a tristeza do abuso é pra maioria
E o prazer de gozar sobra pra 1%
Um mano meu foi preso roubando manteiga
É, saiu da tranca quis assaltar um banco
Daquele tipo de ladrão, pernas pra quem têm
Bala alojada no joelho, a gente chama o manco
Meu pai me disse cuidado com essa pochete e esse cabelo loiro
Meu filho, cê num é branco
Geral vestido igual mas os canas te olharam diferente, eu só lamento
No banco de trás 'cê vai sentir o solavanco
Pras punch é só avanço, solo avanço
E as minas aqui da área nem sapato tem
A maioria de barriga cheia, quem dera fosse de comida
E a mãe do filho de um membro do trem
Mas nós sorri quando cai grana
Fumo verde grama, se a de verde gama
Quando o Galo ganha
Ou quando ela diz que o Djonga tem a manha
Eu sei, eu sei
Parece que nós só apanha
Mas no meu lugar se ponha e suponha
Que no século 21 a cada vinte e três minuto' morre um jovem negro
E você é negro que nem eu, pretin', oh
Não ficaria preocupado?
Eu sei o que cê pensou daí
Rezando num tava, deve ser desocupado
Mas o menó' tava voltando do trampo
Disseram que o tiro só foi precipitado
Num é saudade dos amigos que se foi
P.J.L pros irmão que tá na tranca

[Verso 3: Menor do Chapa]
Eu não posso falar tudo que eu sei
Passou das barricadas, aqui é nós que faz as leis
Quadrado formado bico atravessado já to até lotado
Eu jogo roda pra poder passar o tempo
Só tem homem bomba, na paranoia
Tentou me pegar na Troia
Mas não pode acompanhar meus pensamentos
Seu tiro foi certeiro mas pegou no meu colete
Botou BMW no pinote é igual foguete
Esquece o capacete porque agora é só granada
Os poucos aqui são loucos e não vão recuar por nada
Gestão avançada, inteligente mas é tudo de repetente
Fecha o tempo que é o AK é trovoada
Whisky, balãozada muda o tempo
Deu na previsão do tempo que a Glock vai fazer chover rajada
É só ter fé no Pai que o inimigo cai
A tropa ta na pista fardada de Calvin Klein
Lutamo pela vida dos meno que me admira
Pensar que na favela só se vence pela ira
E sendo observado pela lente de uma mira
Ser alvo da inveja ou da vida que conspira
Eu to sempre na infra e ligeiro com os covardes
X9 fofoqueiro tão matando mais que a AIDS
A geração iPhone usa drone e roupa de grife
A tecnologia a favor desses patifes
Talvez eles me peguem na escuta
Falando com as putas
E o crime fica só no BBM
O instinto sobrevive as arapuca
Eu me camuflo na muvuca
E sumo a bordo de um Porsche KN

[Verso 4: Lord]
Entre o crime e o rap
Click-clack
Nasce um som, morre um moleque
História triste sem snap
Quem é guerra quer paz
Vocês musicas sobre armas
Escrevo sobre os traumas
Pra ouvir os que tem almas
Que isso?
Foi tiro do blindado que acertou Marcos Vinicius
Caido ali sem arbitro de video
E vocês quer sustentar o hype
Comparam o melhor flow
Viram três 'Favela Vive' e não viram o quanto ela chorou
Parei pra respirar por um instante
Mas quando olhei pro céu só vi os tiros de traçante
Pensei, meu Deus quem dera fosse estrelas cadentes
Que o sangue que escorresse não fosse de um inocente
Seria o bastante
Evangelicos e bandidos
Que tem cara de bandidos
Alguns de nós pregamos fé, estamos divididos
Mesma raça, mesmo sangue, mesma cor
Morrendo pelo o que não tem valor
E eu não sai nesse retrato
Escrevo um desacato
Responsa é minha, penas sem fiança
Os professores do assaltado
À la casa do favelado
Revistam as mochilas das crianças
O bonde do mal passou
E eu disse: "Hoje eu não vou
Preciso escrever uma matança
Avisa a minha mina que hoje eu vou me atrasar
E guarda os nossos filhos onde a policia não alcança"

[Verso 5: Choice]
(Do Atalaia)
Do Atalaia, inveja e falsidade no mundo do crime
Champanhe e blusa de time, assim que começa a marola
Quem segura um fuzil quando o menó' sonhava em ser jogador
Mas sem dinheiro não decola
Sem dinheiro são poucas escolhas
O favelado na favela vive dentro de uma bolha
O favelado na favela vive e sobrevive nela
Eu sou o favelado que vive pela favela, porra!
A escola me reprovou de serie, mas a rua me aprovou pra ser representante dela
Se a sirene sinaliza a dor, atira o sinalizador pra explanar que hoje é guerra
Matei o presidente pra que o povo se rebele
Gritei: "Marielle presente!" essa bala também me fere
E esse tiro fere cada morador que já teve o sonho frustado
E só quem é vai sentir na pele
E eu prego a fé, independente da crensça
É a nossa dor que alimenta as reportagens da imprensa
Me diz, o que custa pedir licença?
A troca de tiro te assusta, mas a troca de olhar comigo é mais tensa
Meu mano Pei ficou preso dezoito anos, quando eu tinha dezoito ele me disse: "O crime não compensa"
Eu respondi que só daqueles que acredita que pensar sobre a vitória vai fazer que você vença
Pensa no Baile da Gaiola lotado, as piranha jogando, os mano faturando
Meu show anunciado, um poeta no topo, um favelado rico
Os humilhados serão exaltados!
Nos dão armas e drogas, e nós perguntam porque somos bandidos e porque nós atiramos
Fiquem bem longes de nós, deixa que nós viramos
Temos tudo que precisamos
(Do Atalaia!)

[Verso 6: Negra Li]
Quem foi que não sentiu discriminado por alguém
A vinte anos atrás cantava paz
Mas, de lá pra cá só andamos pra trás
Aliás
A nova geração eu respeito
Só quem tava lá, naquele tempo, sabe o jeito, que foi feito
O sofrimento que passamos
Vário manos, milianos, sem os panos
Mas atitude de respeito (Daquele jeito)
Hey
É grave a greve, sei
Que o tempo é breve, tem
O melhor de mim até ali
Vou continuar a cantar
O tempo vai passar
Você vai lembrar da Negra aqui
Ideia certa, papo reto, não tem mistério
O dinheiro em si não faz o império
Seu legado, sua honra, seu mérito
Espero, país que eu quero
Progresso, o jovem no brasil sendo levado a serio
Quem corre atrás da luta, nunca perde a luta
Eu sei
Mantém sua conduta
Essa é a lei



@juliakarine2180

LETRA
Se tu não parar de marra, meu bonde vem e te para
Se tu não abraça o papo, o papo vem e te abraça
Mano, os cana peida de subir de madrugada
Sempre marca operação com a porta da creche lotada
Mais uma mãe revoltada, uma pergunta sem resposta
Como o policial não viu seu uniforme da escola?
Vinícius é atingido com a mochila nas costas
Como é que eu vou gritar que a Favela vive agora?
Cocielo fez piada, mas no beco ninguém riu
'Tava ensinando racismo pra um público infantil
Troquei o puta que pariu pelo puto que partiu
E vim com o flow caminhoneiro que é pra parar o Brasil
Só meus fiel de fechar, entrego na mão de Deus
Inimigo eu só lamento, tão tudo na minha mão
Não apadrinho mancada, num abraço vacilação
Eu só corro pelo certo, quem não pode errar sou eu
Tão pedindo intervenção em pleno ano de eleição
Será que tu num entendeu como funciona isso até hoje?
O exército subindo pra matar dentro da favela
Mas a cocaína vem da fazenda dos Senadores
De Pedro Cabral a Sérgio Cabral
Gente, vocês deram Red Bull à cobra
Construindo mudanças substanciais
Pedreiro da cena sem te cobrar nem mão de obra, é
Esquerda de lá, direita de cá
E o povo segue firme tomando no centro
Onde a tristeza do abuso é pra maioria
E o prazer de gozar sobra pra 1%
Hm mano meu foi preso roubando manteiga, é
Saiu da tranca, quis assaltar um banco
Daquele tipo de ladrão, pernas pra quem tem
Bala alojada no joelho, hoje te chamam manco
Meu pai me disse "cuidado com essa pochete e esse cabelo loiro
Meu filho, 'cê num é branco"
Geral vestido igual, mas os canas te olharam diferente, eu só lamento
No banco de trás 'cê vai sentir o solavanco
Pras Patty é só avanço, sola Vans
E as minas aqui da área nem sapato tem
A maioria de barriga cheia, quem dera fosse de comida
E a mãe do filho de um membro do trem
Mas nós sorri quando cai grana
Fumo um verde grama, se a de verde gama
Quando o Galo ganha
Ou quando ela diz que o Djonga tem a manha
Eu sei, eu sei
Parece que nós só apanha
Mas no meu lugar se ponha e suponha que
No século 21, a cada 23 minutos morre um jovem negro
E você é negro que nem eu, pretinho, ó
Não ficaria preocupado?
Eu sei bem o que 'cê pensou daí
Rezando não 'tava, deve ser desocupado
Mas o menor 'tava voltando do trampo
Disseram que o tiro só foi precipitado
No mais, saudade dos amigo que se foi
P.j.l. Pros irmão que 'tá na tranca
Eu não posso falar tudo que eu sei
Passou da barricada, aqui é nós quem faz as leis
Quadrado formado, bico atravessado, já tô pernoitado
Eu jogo ronda pra poder passar o tempo
Só tem homem-bomba na paranoia
Tentou me pegar na tróia
Mas não pôde acompanhar meus pensamentos
Seu tiro foi certeiro, mas pegou no meu colete
Motão BMW no pinote é igual foguete
Esquece o capacete porque agora é só granada
Os pouco aqui são louco e não vão recuar por nada
Gestão avançada, inteligente, mas é tudo de repente
Fecha o tempo, que o AK é trovoada
Whisky, balãozada, muda o vento, deu na previsão do tempo
Que a Glock vai fazer chover rajada
É só ter fé no Pai, que o inimigo cai
A tropa 'tá na pista fardada de Calvin Klein
Eu temo pela vida dos menor que me admira
Pensar que na favela só se vence pela ira
E sendo observado pela lente de uma mira
Ser alvo da inveja ou da língua que conspira
Eu 'to sempre na infra e ligeiro com os covarde
X9 e fofoqueiro tão matando mais que a AIDS
A geração iPhone usa drone e roupa de grife
A tecnologia a favor desses patifes
Talvez eles me peguem na escuta, falando com as puta
E o crime fica só no BBM
O instinto sobrevive às arapuca, eu me camuflo na muvuca
E sumo à bordo de um Porsche Cayenne
Entre o crime e o rap
Click-clack
Nasce um som, morre um moleque
História triste sem snap
Quem é guerra quer paz
Vocês querem músicas sobre armas
Escrevo sobre traumas
Pra ouvidos que têm almas
Que é isso?
Foi tiro do blindado que acertou Marcos Vinícius
Caído ali, sem árbitro de vídeo
E vocês quer sustentar o hype
Comparar o melhor flow
Viram três Favela Vive e não viu o quanto ela chorou
Parei pra respirar por um instante
Mas quando olhei pro céu só vi os tiros de traçante
Pensei meu Deus, quem dera fossem as estrelas cadentes
Que o sangue que escorresse não fosse de um inocente
Seria o bastante
Evangélicos e bandidos
Que têm cara de bandido
Alguns de nós pregamos fé, estamos divididos
Mesma raça, mesmo sangue, mesma cor
Morrendo pelo que não tem valor
E eu não saí nesse retrato
Escrevo um desacato
Responsa é minha pena sem fiança
Os professores do assalto
À La Casa do Favelado
Revistam a mochila das crianças
O bonde do mal passou
E eu disse hoje eu não vou
Preciso escrever uma matança
Avisa a minha mina que hoje eu vou me atrasar
E guarda os nossos filhos onde a polícia não alcança
Do Atalaia, inveja e falsidade no mundo do crime
Champanhe e brusa de time, assim que começa a marola
Quem segura um fuzil quando o menor sonhava em ser jogador
Mas, sem dinheiro, não decola
Sem dinheiro são poucas escolhas
O favelado na favela vive dentro de uma bolha
O favelado na favela vive e sobrevive nela
Eu sou o favelado que vive pela favela, porra!
A escola me reprovou de série, mas a rua me aprovou pra ser representante dela
Se a sirene sinaliza a dor, atira o sinalizador pra explanar que hoje é guerra
Matei o presidente pra que o povo se rebele
Gritei Marielle, presente! Essa bala também me fere
E esse tiro fere cada morador que já teve um sonho frustrado
E só quem é vai sentir na pele
E eu prego a fé, independente da crença
É a nossa dor que alimenta as reportagens da imprensa
Me diz, o que custa pedir licença?
Troca de tiro te assusta, mas a troca de olhar comigo é mais tensa
Meu mano Play ficou preso dezoito anos
Quando eu tinha dezoito, ele me disse "o crime não compensa"
Eu respondi que sou daqueles que acredita
Que pensar sobre a vitória vai fazer que você vença
Pensa no Baile da Gaiola lotado, as piranha jogando, os mano faturando
Meu show anunciado, um poeta no topo, um favelado rico
Os humilhados serão exaltados!
Nos dão armas e drogas, e nos perguntam
Por que somos bandidos e por que nós atiramos
Fiquem bem longe de nós, deixa que nós nos viramos
Temos tudo que precisamos
(Do Atalaia!)
Quem foi que não sentiu discriminado por alguém?
Há vinte anos atrás, cantava paz
Mas, de lá pra cá, só andamos pra trás
Aliás
A nova geração eu respeito
Só quem 'tava lá, naquele tempo, sabe o jeito, o que foi feito
O sofrimento que passamos
Vário manos, milianos, sem os panos
Mas atitude de respeito (daquele jeito)
Hey, é grave a greve, sei
Que o tempo é breve, dei
O melhor de mim até ali
Vou continuar a cantar
O tempo vai passar
Você vai lembrar da Negra aqui
Ideia certa, papo reto, não tem mistério
O dinheiro em si não faz o império
Seu legado, sua honra, seu mérito
Espero, país que eu quero, progresso
O jovem no Brasil sendo levado a sério
Quem corre atrás, labuta, nunca perde a luta
Eu sei (eu sei)
Mantém sua conduta
Essa é a lei



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@VMZoficial

É uma honra presenciar mais uma edição dessas faixas que mudam a realidade das ruas. Trampo fino. Favela vive! ❤

@larreurissonlm8689

VMZ pqp vmz aqui

@larreurissonlm8689

Salve sou seu fã, faz um trabalho fino do fino

@captainkidd8240

Salve VMZ, monstro do Flow!!!

@MONARQFPS

VMZ VMZ? sou teu fã mlk!
a cada linha meu celular travava de tão pesado que ficou esse rap!!

@miguelnaoseideque177

Aqui todo o rap é bem vindo sz

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@Igor-jy4hp

5 anos dessa obra de arte e o verso do Choice arrepia na alma desde a primeira vez que ouvi!

@tmtlopes

Estava pensando a mesma coisa. Vim escutar de novo porque lembrei mais uma vez do verso do Choice.

@nathaliafaria2479

3 anos dessa obra e eu sempre arrepio toda no verso do choice

@ezequielgomes3109

Pensei que só era euuuu pprt

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