Born on July 13, 1946, in Ponte Nova, Minas Gerais, João Bosco's profession was engineering when he moved to Rio de Janeiro, where his songs were also recorded by Elis Regina and were a success. He soon became admired as a versatile vocalist and a dynamic performer. João Bosco has been noted for "his singular fusion of Arab culture, Afro-American music and Brazilian styles bossa nova," influenced by American jazz.
O Mestre Sala Dos Mares
João Bosco Lyrics
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O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como navegante negro
Tinha dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
Dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
E a exemplo do feiticeiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
The song "O Mestre Sala dos Mares" tells the story of a brave sailor known as the "navigante negro" who appeared in the Guanabara Bay, in the figure of a dragon of the sea. He was a powerful and respected figure, who possessed the dignity of a master of ceremonies or "mestre sala". As he sailed through the waters, he was greeted by young women from France, Poland, and battalions of black women. The scene was described as one filled with joy, music, and emotion, as the sailors celebrated the victory over the difficulties of the sea.
However, the song also highlights the struggles and injustices faced by black sailors and workers who were exploited and oppressed during this time. The navigante negro proudly shouted "Glória aos piratas, às mulatas, às sereias, glória à farofa, à cachaça, às baleias", recognizing the role of black women and workers in the history of Brazil, and the important contributions they made to its culture and prosperity. Through this, the song celebrates a powerful and overlooked part of Brazil's history.
Overall, "O Mestre Sala dos Mares" is a tribute to the navigators, sailors, and workers who suffered and persevered through the difficult history of Brazil. It highlights their strength and resilience, as well as their important contributions to the country's cultural heritage.
Line by Line Meaning
Há muito tempo nas águas da Guanabara
Many years ago in the waters of Guanabara
O dragão do mar reapareceu
The sea dragon reappeared
Na figura de um bravo feiticeiro
In the form of a brave sorcerer
A quem a história não esqueceu
Whom history did not forget
Conhecido como navegante negro
Known as the black navigator
Tinha dignidade de um mestre sala
Had the dignity of a master of ceremonies
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
And while waving through the sea in the joy of regattas
Foi saudado no porto, pelas mocinhas francesas
Was greeted at the port by French young ladies
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Young Polish and battalions of mulattoes
Rubras cascatas jorravam das costas
Red cascades flowed from the backs
Dos santos entre cantos e chibatas
Of the saints amidst chants and whips
Inundando o coração do pessoal do porão
Flooding the hearts of the crew in the hold
E a exemplo do feiticeiro gritava então
And following the sorcerer's example, he shouted
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glory to pirates, to mulattoes, to mermaids
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glory to farofa, to cachaça, to whales
Glória a todas as lutas inglórias
Glory to all inglorious struggles
Que através da nossa história
That throughout our history
Não esquecemos jamais
We will never forget
Salve o navegante negro
Hail the black navigator
Que tem por monumento
Whose monument
As pedras pisadas do cais
Are the stepped stones of the quay
Writer(s): Joao Bosco de Freitas Mucci, Aldir Blanc Mendes
Contributed by Makayla R. Suggest a correction in the comments below.
@marioxavier172
Essa é uma homenagem bem merecida a João Cândido, o Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata, ocorrida em 1910, do Século XX. Os marinheiros, a maioria negros, eram punidos com chibatadas e mal remunerados. Viva João Cândido! Viva Aldir Blanc e João Bosco! Viva a MPB. João Cândido, como milhões de negros brasileiros, foi injustiçado, por esse país, chamado Brasil. Mário Xavier - Paulista - PE, 31 10 2021, 11h15min.
@ejandirmartins1731
Todo de bom...bela homenagem!
@jorgeluizlima1066
Bem colocado esse pensamento. Felizmente temos a arte, nesse caso em forma de música, que nós faz lembrar e louvar a bravura de João Cândido que teve a coragem de reinvindicar seus direitos, que se estendeu a todos na época e serviu e serve de exemplo para todos nós até hoje! "Salve o Navegante Negro"
@aparecidasantana8620
Muito bem,Mário Xavier.Lí agora seu comentário ouvindo essa música que foi censurada durante a ditadura e os compositores tiveram que mudar de almirante pra navegante a letra.Já pensou.Hoje é dia da Consciência Negra,mas há quem não concorde por existir esse dia,não por preconceito,mas por entender que isso ainda é muito pouco para se fazer justiça aos negros.Parabéns pelo seu comentário tão lúcido.Vou ouvir de novo a música,dessa vez com João Bosco que a interpreta genialmente.
Um abraço Mário.Vova Perna buço ,o Nordeste e todo Brasil.Viva sempre os ideais de liberdade
@aparecidasantana8620
Desculpe o erro gráfico
Quis dizer Viva Pernambuco,o Nordeste e todo Bradil
@marioxavier172
Obrigado, Jorge Luis e Aparecida Santana pelos elogios. Graças a Deus, sou um negro que teve oportunidades e soube aproveitar. Vivo bem, graças ao meu BOM DEUS. Mário Xavier - Abreu e Lima - PE, 21 11 2022, segunda-feira, às 15h40min.
@greg66818
João Candido Felisberto, o almirante negro, merecia realmente ser enredo de um carnaval, que com certeza será contado fielmente pelo paraíso do Tuiuti. 🤜🤛
@Leo1984Vasco
Foi enredo da União da Ilha em 1985
@sergiomarcolini3901
Maravilhosa essa letra do Aldir Blanc na musica de João Bosco. Há alguns anos, reparei na estatua de um marinheiro negro na Praça XV, meio escondida, atrás na estação do VLT. Não tinha nada escrito, mas deduzi que seria uma homenagem a João Cândido, o Almirante Negro. Mas, recentemente, passei por lá e não achei mais a estátua. Ficaram apenas as pedras pisadas do cais...
@neuzamariapires6393
Te acompanho a muito tempo .Desde Mestre Sala dos Mares .Hoje dia 1 de Maio de 2023 fui procurar e estudar sobre O Navegante Negro Negro .Maravilhoso.Nao conhecia a Revolta da Chibata . Encantada fiquei ouvindo Sinhá .verdadeira obra prima.Muito obrigada .Deus o abençoe .Obrigada por tudo..