Asa branca
Luiz Gonzaga Lyrics


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Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar ai pro meu sertão

Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar ai pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Eu te asseguro não chore não, viu




Que eu voltarei, viu
Meu coração

Overall Meaning

Luiz Gonzaga's "Asa Branca" is a song about the pain and struggles of living in the arid northeast region of Brazil, where droughts and hunger are common. The lyrics describe the singer's shock and grief upon seeing the land burning, like a St. John's bonfire, and asking God why such suffering is imposed on the people. The images of fire and brimstone evoke a sense of biblical judgement, and the singer questions the cruelty of it all.


The song then describes the consequences of the drought, with the lack of water leading to the loss of crops and animals. The singer laments the death of his own horse and cattle, and even the wild bird Asa Branca, which is known for its migratory habits, is forced to leave the region in search of water. The loss of these animals represents not only economic damage but also cultural and emotional loss, as they are integral to the way of life in the region.


The final verses offer a glimmer of hope, as the singer vows to return to his land once the rains come, and assures his loved one that he will be back, comforting her not to cry. The song is a poignant portrayal of the hardships faced by those living in the northeast region of Brazil, but also a celebration of their resilience and hope for better times.


Line by Line Meaning

Quando olhei a terra ardendo
As I saw the burning earth


Qual fogueira de São João
Like a St. John's bonfire


Eu perguntei a Deus do céu, ai
I asked God in heaven, oh


Por que tamanha judiação
Why such a great suffering


Que braseiro, que fornaia
What a furnace, what a baking oven


Nem um pé de plantação
Not even a single plant


Por falta d'água perdi meu gado
Due to lack of water, I lost my cattle


Morreu de sede meu alazão
My bay horse died of thirst


Inté mesmo a asa branca
Even the white wing


Bateu asas do sertão
Flew away from the backlands


Entonce eu disse, adeus Rosinha
So I said, goodbye Rosinha


Guarda contigo meu coração
Keep my heart with you


Hoje longe, muitas légua
Today, far away, many leagues


Numa triste solidão
In a sad loneliness


Espero a chuva cair de novo
I hope the rain falls again


Pra mim vortar ai pro meu sertão
So that I can go back to my hinterland


Quando o verde dos teus olhos
When the green of your eyes


Se espalhar na plantação
Spreads through the crops


Eu te asseguro não chore não, viu
I assure you, don't cry, you hear


Que eu voltarei, viu
That I will return, you hear


Meu coração
My heart




Lyrics © Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda.
Written by: Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga

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@EuCoruja

Quando criança, não gostava dessa música. Eu ria. Achava graça. Sou uma pessoa da cidade. Nasci no Recife. Em 2001, fui morar no sertão pernambucano. Lá cresci com muito ressentimento. As pessoas não gostavam de mim porque eu era da capital, e eu tinha um distanciamento muito grande da cultura. Era ensoberbado com minhas influências estrangeiras de literatura, cinema e videogame. Ainda gosto muito dessas coisas, mas felizmente aprendi a apreciar meu Nordeste, admirar sua história gigantesca, seus heróis fantásticos e sua belíssima cultura.

Hoje, em 2023, em tempo de São João, me encontro chorando ao ouvir este hino. Circunstâncias da vida me levaram a morar em Santa Catarina. Felizmente não passo necessidade e não vim por obrigação de trabalho, tal como os milhares que são retratados nesta e outras canções de Gonzaga, e muitos irmãos que encontro aqui recorrentemente, do Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte. Sou professor, tive a oportunidade de estudar e recebo um salário acima da vasta maioria dos brasileiros. Mas hoje, finalmente, eu entendo. Eu entendo o que cantava Gonzaga e tantos outros, sobre a saudade do Nordeste. Sobre querer voltar para a minha terra. Eles foram forçados a sair (seus objetos e eus-líricos), e não existe lugar neste Brasilzão que seja mais acolhedor, aconchegante, amigável, e, por isso, bonito, que o Nordeste.

Um dia eu volto. Quando a vida permitir. Não vou ficar nesta cidade, eu vou voltar pro sertão.

Pro meu Pernambuco, pro meu Ceará.

Chora, acordeão!



@luanduarte2428

Todo nordestino carrega no peito, a história do meu Padim Ciço Romão;

o protetor do nordeste, conselheiro do sertão;

que foi honrado e respeitado até mesmo por lampião;

esse chão é de romeiros do meu padim de Juazeiro;

que acode nosso povo, é por ele que o nordestino chama na hora de seu sufoco.

meu nordeste tem até santo, ainda tem quem ache pouco.



@layseramos5725

Quando oiei' a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu preguntei' a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação?
Eu preguntei' a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação?
Que braseiro, que fornaia'
Nenhum pé de prantação'
Por farta' d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta' d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté' mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce' eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entonce' eu disse: adeus, Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar' pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar' pro meu sertão
Quando o verde dos teus óio'
Se espaiar' na prantação'
Eu te asseguro, não chore, não, viu
Que eu vortarei', viu, meu coração
Eu te asseguro, não chore, não, viu
Que eu vortarei', viu, meu coração



All comments from YouTube:

@user-pt2kp9hz4w

Quem está ouvindo esse clássico em 2024 da like ....😊😊😊

@marianunes889

eu

@MariaCecilia-gb5vr

Euuu

@mili_fofis_ofc

Euuuu

@user-bb9cf7gd1g

Euuu

@user-sb3dg5ql1n

Eu aqui lembrando do meu vô ❤ q gostavam e aprendi com ele❤

7 More Replies...

@EuCoruja

Quando criança, não gostava dessa música. Eu ria. Achava graça. Sou uma pessoa da cidade. Nasci no Recife. Em 2001, fui morar no sertão pernambucano. Lá cresci com muito ressentimento. As pessoas não gostavam de mim porque eu era da capital, e eu tinha um distanciamento muito grande da cultura. Era ensoberbado com minhas influências estrangeiras de literatura, cinema e videogame. Ainda gosto muito dessas coisas, mas felizmente aprendi a apreciar meu Nordeste, admirar sua história gigantesca, seus heróis fantásticos e sua belíssima cultura.

Hoje, em 2023, em tempo de São João, me encontro chorando ao ouvir este hino. Circunstâncias da vida me levaram a morar em Santa Catarina. Felizmente não passo necessidade e não vim por obrigação de trabalho, tal como os milhares que são retratados nesta e outras canções de Gonzaga, e muitos irmãos que encontro aqui recorrentemente, do Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte. Sou professor, tive a oportunidade de estudar e recebo um salário acima da vasta maioria dos brasileiros. Mas hoje, finalmente, eu entendo. Eu entendo o que cantava Gonzaga e tantos outros, sobre a saudade do Nordeste. Sobre querer voltar para a minha terra. Eles foram forçados a sair (seus objetos e eus-líricos), e não existe lugar neste Brasilzão que seja mais acolhedor, aconchegante, amigável, e, por isso, bonito, que o Nordeste.

Um dia eu volto. Quando a vida permitir. Não vou ficar nesta cidade, eu vou voltar pro sertão.

Pro meu Pernambuco, pro meu Ceará.

Chora, acordeão!

@LucasGameandAnime

Que história foda!

@HerbethDavid

Que bom que você abriu o coração para as raizes, meu irmão! Jesus te abençoe.

@leudepereira7059

Um tempo que o brasileiro conseguia distinguir a boa música cultural. Adoraria ter nascido nessa época.

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