À Janela Do Meu Peito
Amália Rodrigues Lyrics


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Lá vai brincando, pela mão de uma quimera
Essa garota que fui eu, sempre a sorrir
Como se a vida fosse eterna primavera
E não houvesse dores no mundo p’ra sentir

As gargalhadas vêm pousar na janela
E ao ouvi las tenho mais pena de mim
Ai quem me dera rir ainda como ela
Mas quando rio, eu já não sei rir assim

Tenho a janela do peito
Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado
Espreita a alma na janela
Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar

Lá vem gingando nesse seu passo miúdo
Melena preta, calça justa afiambrada
Como mudamos, tu que foste para mim tudo
Hoje a meus olhos pouco mais és do que nada

Tuas chalaças de graçola e ironia
Eram da rua, andavam de boca em boca
Eu, era ver-te não sei o que sentia
Talvez loucura, que por ti andava louca

Tenho a janela do peito
Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado

Espreita a alma na janela
Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar

Desilusões as que tive




Enchem a rua, lá estão
E a gente vive dos tempos que já lá vão

Overall Meaning

In these lyrics, Amália Rodrigues reflects on her past and the changes she has experienced. The song begins with the image of a girl, represented metaphorically as a chimera, playfully wandering through life. She always wore a smile and saw life as an eternal spring, without any pain to feel. Amália remembers this carefree attitude with nostalgia, longing to laugh as genuinely and effortlessly as she did in her youth.


As she listens to laughter coming from outside her window, she feels a sense of pity for herself. She wishes she could still laugh as freely as that girl, but she acknowledges that she has changed. Her laughter has lost the liveliness and innocence it once had. Amália opens up the metaphorical window of her heart, which reveals the past to her. The window is filled with memories of fado singers and their melancholic music. Upon seeing her own reflection in this window, her soul is overcome with sadness and begins to cry.


The song then addresses someone who used to be everything to Amália but has now become insignificant in her eyes. This person, described with a black mane and tight-fitting pants, represented a past version of herself. Their witty jokes and ironic remarks used to bring joy to her, spreading through the streets as people shared them. She struggles to articulate her feelings for this person, possibly feeling a mix of excitement and longing that bordered on madness. However, as time has passed and Amália has changed, this person now holds little significance to her.


Amália again opens the window of her heart and sees the disappointments she has endured in life. The street is filled with disillusionment, representing the experiences that have shaped her. She cannot escape the memories of the past as she watches them pass by. While living in the present, she finds solace in the times that have gone by, the times she remembers and cherishes. The soul of Amália, now filled with melancholy, sheds tears as it confronts its reflection in the window of the heart.


Line by Line Meaning

Lá vai brincando, pela mão de uma quimera
There she goes, playing, guided by a fantasy


Essa garota que fui eu, sempre a sorrir
That girl who was me, always smiling


Como se a vida fosse eterna primavera
As if life were an eternal spring


E não houvesse dores no mundo p’ra sentir
And there were no pains in the world to feel


As gargalhadas vêm pousar na janela
The laughter comes to land on the window


E ao ouvi-las tenho mais pena de mim
And upon hearing them, I feel sorry for myself even more


Ai quem me dera rir ainda como ela
Oh, if only I could laugh like her again


Mas quando rio, eu já não sei rir assim
But when I laugh, I no longer know how to laugh like that


Tenho a janela do peito
I have the window of my chest


Aberta para o passado
Open to the past


Todo feito de fadistas e de fado
All made of fado singers and fado music


Espreita a alma na janela
The soul peeks through the window


Vai o passado a passar
The past goes by


E ao ver-se nela, a alma fica a chorar
And upon seeing itself in it, the soul starts to cry


Lá vem gingando nesse seu passo miúdo
There she comes, swaying with her small steps


Melena preta, calça justa afiambrada
Black mane, tight worn-out pants


Como mudamos, tu que foste para mim tudo
How we've changed, you who were everything to me


Hoje a meus olhos pouco mais és do que nada
Today, in my eyes, you are little more than nothing


Tuas chalaças de graçola e ironia
Your jokes of wit and irony


Eram da rua, andavam de boca em boca
They were from the street, passed from mouth to mouth


Eu, era ver-te não sei o que sentia
I, just by seeing you, I don't know what I felt


Talvez loucura, que por ti andava louca
Maybe madness, which was crazy for you


Desilusões as que tive
The disappointments I had


Enchem a rua, lá estão
They fill the street, there they are


E a gente vive dos tempos que já lá vão
And we live off the times that have already passed




Lyrics © O/B/O APRA AMCOS

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Most interesting comments from YouTube:

JP RV

Vós Sois o Povo do Graal Ó Povo de Portugal
Pois É Entre Vós que se Encobre o Tal
Obrigado Alma Portuguesa
A Alma dos Extremos
Que vai do mais Pequeno (a Mesquinhes)
Ao mais Elevado
A Capacidade de se exprimir desta forma
Em relação aos desejos mais Metafisicos da Alma (O SER)
O Fado Exprime a Saudade que a Alma Sente pelo Eterno
De onde sabe ter vindo
Tal como a gota de orvalho procura e anseia pelo Oceano onde sabe pertencer
Esta Diva vivia nessa mesma ansiedade a saudade do Eterno
Onde o Ser se sente Completo
Por essa razão ela Canta a Saudade da Alma como mais Ninguém
Quem a conheceu a fundo creio que concordará
Esta Diva nunca se apegou a nada na Vida
Viveu-a de uma Forma Intensa mas em Completo Desapego
Tal como vivem as poucas Almas
Que Conhecem O Caminho da Evolução Humana
O Desapego permite que Conheça-mos O REAL em Nós
A Consciência (O SER) que nos Habita
Porque Viveu neste Desapego
Identificou-se Totalmente com o Fado O Seu Único apego
Dando-lhe o Verdadeiro Significado
Através da Profundidade com que o interpreta
O Fado Nasce Com Camões
Renasce Com A Diva e a Continuação da Grandiosidade da Poesia em Portugal
Esta Nostalgia da Alma Refere-se ao Futuro e não ao Passado
Saudades refere-se ao passado e está Relacionado com o Ego
Saudade é um Chamamento do Futuro do Total do Inevitável Intemporal
Está Relacionado com a Alma com o Eterno (A Existência)
Esta Diva Fala-vos do Imortal que Habita em Vós
Ó Gente da Minha Terra
Ouçam com o Coração que está mais próximo do Ser
Alimentai todas as partes que o Compõem
Corpo Mente Coração e Alma
Lembrai-vos que Sois o Povo da Luxitãnia (O povo da Luz)(A Consciência)
O Farol da Humanidade
A quem foi dada a Responsabilidade Maior
De Unir os Povos da Terra
Relembra-los que Somos Eternos
No Mínimo
Só por Respeito a Esse Facto
Deveria-mos Estar a Viver como Humanos
Esta Diva e a Diva que colocou os Cravos nas Armas de Abril
São Dois dos Mais belos Rebentos da Humanidade
Autênticas Inspirações para a Própria Existência no seu Processo de Evolução
Sois Vós a Inpiração da Terra Ó Povo do Graal Ó Povo de Portugal
É Entre Vós que se Encontra o Real
O Gene do Imortal



Denis Norton Rabij

Lá vai brincando, pela mão de uma quimera
Essa garota que fui eu, sempre a sorrir
Como se a vida fosse eterna primavera
E não houvesse dores no mundo p’ra sentir

As gargalhadas vêm poisar na janela
E ao ouvi-las tenho mais pena de mim
Ai quem me dera rir ainda como ela
Mas quando rio, eu já não sei rir assim

Tenho a janela do peito
Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado
Espreita a alma na janela
Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar

(Neste desfile que passa
Fica a saudade sózinha
Até a graça, perdeu a graça que tinha
Desilusões as que tive
Enchem a rua…lá estão
E a gente vive dos tempos que já lá vão)

Lá vem gingando nesse seu passo miúdo
Melena preta, calça justa afiambrada
Como mudamos, tu que foste para mim tudo
Hoje a meus olhos pouco mais és do que nada

Tuas chalaças de graçola e ironia
Eram da rua, andavam de boca em boca
Eu, era ver-te não sei o que sentia
Talvez loucura, que por ti andava louca

Tenho a janela do peito
Aberta para o passado
Todo feito de fadistas e de fado
Espreita a alma na janela
Vai o passado a passar
E ao ver-se nela, a alma fica a chorar

Desilusões as que tive
Enchem a rua…lá estão
E a gente vive dos tempos que já lá vão



All comments from YouTube:

Pedro Reis Silva

Como é gostoso de ovir os fados de Amalia Rodrigues, obrigado por voce existir!

Maria Alice Miranda

Adoro

Leonardo Pereira

Lindo fado ,na voz da RAINHA AMÁLIA.

Alicia Diaz

lindissimo vídeo...a janela do peito....sempre aberta...tinha está GRANDE SENHORA...a NOSSA AMÁLIA...até sempre...e até um día...

Ademar Santiago

Ninguém jamais cantou à vida como Amália.

Alicia Diaz

Ademar Santiago e à morte.....

Fatima Carneiro

Adoro esta dívida, ninguém jamais a imitará👍❤️❤️🌹🍀

José Assunção

Lindoooooooooooooo Sempre cada mais lindooooooooooooo Bom trabalho América Um Abraço

Alicia Diaz

Américo....muito obrigada pelos seus vídeos.... SEMPRE.....tão LINDOS..... AMÁLIA SEMPRE....a nossa Amália.

FadistaValeriaMendez

adoro esta fase de Amalia, a do Janes e a do Oulman.Voz quente.Adorei o video, aquela janela parece feita para Amalia

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