Avohai
Zé Ramalho Lyrics


Jump to: Overall Meaning ↴  Line by Line Meaning ↴

Um velho cruza a soleira
De botas longas, de barbas longas
De ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde quarava
Sua camisa e seu alforje de caçador

Oh meu velho e invisível
Avôhai!
Oh meu velho e indivisível
Avôhai!

Neblina turva e brilhante
Em meu cérebro coágulos de sol
Amanita matutina
E que transparente cortina
Ao meu redor

Se eu disser que é meio sabido
Você diz que é meio pior
Mas e pior do que planeta quando perde o girassol

É o terço de brilhante
Nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira
Que nunca dormia só

Avôhai!
Avôhai!
Avôhai!

O brejo cruza a poeira
De fato existe um tom mais leve
Na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos
Que amargam as pessoas que fitar

Mas que bebem sua vida
Sua alma na altura que mandar
São os olhos, são as asas
Cabelos de avôhai

Na pedra de turmalina e no terreiro da usina eu me criei
Voava de madrugada e na cratera condenada eu me calei
E se eu calei foi de tristeza
Você cala por calar
Mas e calado vai ficando só fala quando eu mandar

Rebuscando a consciência com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta no jogo de improvisar
Entrecortando eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa
Prá doutor não reclamar

Avôhai
Avôhai




Avôhai
Avôhai

Overall Meaning

The song "Avôhai" by Zé Ramalho is a deeply symbolic and mystic piece of art that talks about the connection between generations, mystical visions, and the power of family heritage. The lyrics begin by describing an old man, with long boots and beards, wearing a golden necklace, crossing a threshold. He carries with him a hunter's bag and a shirt drying on a cold slab. The chorus repeats the name "Avôhai," which is a term that combines the words "avô" (grandfather) and "orixá" (a deity from Afro-Brazilian religions). This highlights the ancestral and spiritual connection that the old man embodies.


The second verse is full of surreal and introspective imagery, talking about a "turbid and shiny mist" that fills the singer's mind, and the "amanita matutina" (a mushroom with hallucinogenic properties) that creates a transparent curtain around him. The lines "Se eu disser que é meio sabido / Você diz que é meio pior / Mas é pior do que planeta quando perde o girassol" (if I say it's half-known / you say it's half-worse / but it's worse than a planet losing its sunflower) suggest a state of confusion and loss, where even the singer's own perception is questioned.


The third verse talks about the power of family heritage, with references to the singer's grandmother's diamond ring and the fear that it once brought him. The lines "E nunca mais eu tive medo da porteira / Nem também da companheira / Que nunca dormia só" (and I never feared the gate anymore / nor the companion who never slept alone) suggest that the singer has found inner strength and guidance from his ancestors. The song ends with a mix of mystic and metaphorical lines, talking about flying at dawn, improvising in a game of chance, and holding the "right word" for the doctor not to complain.


Line by Line Meaning

Um velho cruza a soleira De botas longas, de barbas longas De ouro o brilho do seu colar Na laje fria onde quarava Sua camisa e seu alforje de caçador
An old man walks across the threshold Wearing long boots and long beard His necklace shimmers with gold On the cold slab where he dries His hunter's shirt and his satchel


Oh meu velho e invisível Avôhai! Oh meu velho e indivisível Avôhai!
Oh my old and invisible Avôhai! Oh my old and indivisible Avôhai!


Neblina turva e brilhante Em meu cérebro coágulos de sol Amanita matutina E que transparente cortina Ao meu redor
A hazy and bright mist In my brain coagulates the sun Morning amanita And that transparent curtain Around me


Se eu disser que é meio sabido Você diz que é meio pior Mas e pior do que planeta quando perde o girassol É o terço de brilhante Nos dedos de minha avó E nunca mais eu tive medo da porteira Nem também da companheira Que nunca dormia só
If I say it is half known You say it is half worse But worse than a planet without sunflowers Is my grandmother's glittering rosary On her fingers And I no longer fear the gate Nor my companion either Who never slept alone


Avôhai! Avôhai! Avôhai!
Avôhai! Avôhai! Avôhai!


O brejo cruza a poeira De fato existe um tom mais leve Na palidez desse pessoal Pares de olhos tão profundos Que amargam as pessoas que fitar Mas que bebem sua vida Sua alma na altura que mandar São os olhos, são as asas Cabelos de avôhai
The swamp crosses the dust Indeed there is a lighter tone In the paleness of these people Pairs of eyes so deep That they embitter the people they look at But they drink their life Their soul at their whim They are the eyes, they are the wings Avôhai's hair


Na pedra de turmalina e no terreiro da usina eu me criei Voava de madrugada e na cratera condenada eu me calei E se eu calei foi de tristeza Você cala por calar Mas e calado vai ficando só fala quando eu mandar
I was raised on the tourmaline stone and in the milling yard I flew early in the morning and was silenced in the condemned crater And if I was silent, it was out of sadness You are silent for the sake of being silent But you are becoming silent and only speak when I command


Rebuscando a consciência com medo de viajar Até o meio da cabeça do cometa Girando na carrapeta no jogo de improvisar Entrecortando eu sigo dentro a linha reta Eu tenho a palavra certa Prá doutor não reclamar
Searching for consciousness with fear of traveling To the middle of the comet's head Spinning in the game of improvisation Intersecting, I keep going on the straight line I have the right word So that the doctor won't complain


Avôhai Avôhai Avôhai Avôhai
Avôhai Avôhai Avôhai Avôhai




Lyrics © Universal Music Publishing Group
Written by: Jose Ramalho Neto

Lyrics Licensed & Provided by LyricFind
To comment on or correct specific content, highlight it

Genre not found
Artist not found
Album not found
Song not found
Most interesting comments from YouTube:

Jadson Tavares

LETRA

Um velho cruza a soleira
De botas longas, de barbas longas
De ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde coarava
Sua camisa e seu alforje
De caçador
O meu velho e invisível
Avôhai
O meu velho e indivisível
Avôhai
Neblina turva e brilhante
Em meu cérebro, coágulos de sol
Amanita matutina
E que transparente cortina
Ao meu redor
Se eu disser
Que é mei sabido
Você diz que é mei pior
Mas e pior do que planeta
Quando perde o girassol
É o terço de brilhante
Nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo
Da porteira
Nem também da companheira
Que nunca dormia só
Avôhai
Avôhai
Avôhai
Avôhai
O brejo cruza a poeira
De fato existe
Um tom mais leve
Na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos
Que amargam as pessoas
Que fitar
Mas que bebem sua vida
Sua alma na altura que mandar
São os olhos, são as asas
Cabelos de avôhai
Na pedra de turmalina
E no terreiro da usina
Eu me criei
Voava de madrugada
E na cratera condenada
Eu me calei
E se eu calei foi de tristeza
Você cala por calar
Mas e calado vai ficando
Só fala quando eu mandar
Rebuscando a consciência
Com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta
No jogo de improvisar
Entrecortando
Eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa
Pra doutor não reclamar
Avôhai
Avôhai



Matheus Pacheco Barros

Letra

Um velho cruza a soleira
De botas longas, de barbas longas
De ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde coarava
Sua camisa e seu alforje
De caçador
O meu velho e invisível
Avôhai
O meu velho e indivisível
Avôhai
Neblina turva e brilhante
Em meu cérebro, coágulos de sol
Amanita matutina
E que transparente cortina
Ao meu redor
Se eu disser
Que é mei sabido
Você diz que é mei pior
Mas e pior do que planeta
Quando perde o girassol
É o terço de brilhante
Nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo
Da porteira
Nem também da companheira
Que nunca dormia só
Avôhai
Avôhai
Avôhai
Avôhai
O brejo cruza a poeira
De fato existe
Um tom mais leve
Na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos
Que amargam as pessoas
Que fitar
Mas que bebem sua vida
Sua alma na altura que mandar
São os olhos, são as asas
Cabelos de avôhai
Na pedra de turmalina
E no terreiro da usina
Eu me criei
Voava de madrugada
E na cratera condenada
Eu me calei
E se eu calei foi de tristeza
Você cala por calar
Mas e calado vai ficando
Só fala quando eu mandar
Rebuscando a consciência
Com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta
No jogo de improvisar
Entrecortando
Eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa
Pra doutor não reclamar
Avôhai
Avôhai



All comments from YouTube:

Cristina Santos

Meu amor q faleceu em 07/02/23 adorava essa música! Tocava e cantava lindamente pra mim e nossa Belle! Saudades amor 😢 descansa em paz

Jader Luiz

Um dia de infância, jogando bola na rua, achei um cd de cor verde, escrito: 20 sucessos de Zé Ramalho. Conhecia o artista das músicas nas novelas globais, mas nunca tinha ouvido uma obra completa. Levei o cd para casa e desde esse dia minha vida mudou: aumentou a poesia, diminuíram as músicas sem sentido. O ano era 1997, na cidade de Araguaína-To.

Cristiano Lima

putz ! que história !

Elder Brito

Eu também tenho uma história bem nostálgica de infância. o LP dessa canção que meu Pai tinha. Eu ouvia quase todos os dias, principalmente por essa canção e pela faixa "Admirável gado Novo".

DOLI Modas

Beleza meus irmãos!

DOLI Modas

​@Cristiano LimaMaravilha meu mano

thunay

Cara, que ironico, sou de SC me mudei pra Araguaína com 9 anos, e morei 11 anos lá, agora estou em Guarapuava no Paraná escutando essas.

1 More Replies...

Jadson Tavares

LETRA

Um velho cruza a soleira
De botas longas, de barbas longas
De ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde coarava
Sua camisa e seu alforje
De caçador
O meu velho e invisível
Avôhai
O meu velho e indivisível
Avôhai
Neblina turva e brilhante
Em meu cérebro, coágulos de sol
Amanita matutina
E que transparente cortina
Ao meu redor
Se eu disser
Que é mei sabido
Você diz que é mei pior
Mas e pior do que planeta
Quando perde o girassol
É o terço de brilhante
Nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo
Da porteira
Nem também da companheira
Que nunca dormia só
Avôhai
Avôhai
Avôhai
Avôhai
O brejo cruza a poeira
De fato existe
Um tom mais leve
Na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos
Que amargam as pessoas
Que fitar
Mas que bebem sua vida
Sua alma na altura que mandar
São os olhos, são as asas
Cabelos de avôhai
Na pedra de turmalina
E no terreiro da usina
Eu me criei
Voava de madrugada
E na cratera condenada
Eu me calei
E se eu calei foi de tristeza
Você cala por calar
Mas e calado vai ficando
Só fala quando eu mandar
Rebuscando a consciência
Com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta
No jogo de improvisar
Entrecortando
Eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa
Pra doutor não reclamar
Avôhai
Avôhai

Alexandre Rocha da Silva

Você é demais Jadson. Valeu Cidadão

Carlos Correia Correia

Uma pérola da nossa incrível música brasileira

More Comments

More Versions