Um Homem Chamado Alfredo
Vinícius de Moraes & Toquinho Lyrics
Jump to: Overall Meaning ↴ Line by Line Meaning ↴
Se matou de solidão
(Coitado do seu Alfredo eu me lembro tão bem dele)
Abriu o gás o coitado
(Vizinho do lado como diz a canção)
O último gás do bujão (Omisso humilde)
Porque ninguém o queria (Parecia não ter passado nem presente)
Porque ninguém mais lhe abria (Durante toda vida não teve nenhuma complacência)
As portas do coração (Um solitário total eu não sabia até que ponto até o ponto)
Levou com ele seu louro (Que o levou a se matar)
E um gato de estimação
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída (Há esse foi um samba que eu e ele fizemos na Bahia)
Como é por exemplo que dá pra entender
Um período lá e que de princípio não dei muita importância a ele
A gente mal nasce começa a morrer (E depois foi crescendo consideravelmente)
Depois da chegada vem sempre a partida (Na minha opinião e na minha estima)
Porque não há nada sem separação
Sei lá sei lá a vida é uma grande ilusão
Sei lá sei lá só sei que ela está com a razão
Ninguém nunca sabe que males se apronta
Fazendo de conta fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
O sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não
Sei lá sei lá só sei que é preciso paixão
Sei lá sei lá a vida tem sempre razão
Ele era um menino valente e caprino (Ai eu conheci esse menino)
Um pequeno infante sadio e grimpante (Conheci ele desde pequenininho)
Anos tinha dez e asas nos pés (Ele era um menino muito levado namorador briguento)
Com chumbo e bodoque era plic e ploc (Isso na praia de onde morava nessa ocasião)
O olhar verde-gaio parecia um raio (Onde ele passava suas férias e eu me lembro muito bem dele)
Para tangerina pião ou menina (Era um garoto simpático)
Por isso fazia seu grão de poesia
E achava bonita a palavra escrita
Por isso sofria de melancolia
Sonhando o poeta que quem sabe um dia
poderia ser
The lyrics in Vinicius De Moraes Antonio Carlos Jobim & Toquinho's song Poeta depict the story of a man named Alfredo who committed suicide due to his overwhelming loneliness. The singer, who is presumably a neighbor, remembers Alfredo and his beloved cat. The lyrics express the idea that nobody cared for Alfredo, and he had no doors of the heart open to him, leading him to take his own life by opening the gas cylinder.
The song also contemplates the meaning of life, death, and the transience of existence. The singer muses about the inevitability of separation, the illusion of life, and the necessity of passion. The singer recalls a young boy named "grimpante," who loved to write poetry with a "green jay" gaze and a quick wit. The boy dreamed of becoming a poet someday.
Line by Line Meaning
O meu vizinho do lado
Meu vizinho próximo
Se matou de solidão
Cometeu suicídio por causa da solidão
(Coitado do seu Alfredo eu me lembro tão bem dele)
(Sinto pena dele. Lembro-me bem dele.)
Abriu o gás o coitado
Abriu o gás para se matar
(Vizinho do lado como diz a canção)
(Como diz a canção, meu vizinho do lado.)
O último gás do bujão
Usou o último gás do bujão
(Omisso humilde)
(Humbly hushed)
Porque ninguém o queria
Porque ninguém se importava com ele
Ninguém lhe dava atenção
Ninguém prestava atenção a ele
Porque ninguém mais lhe abria
Porque ninguém nunca o deixava entrar em suas vidas
As portas do coração
Abertura para a alma e emoções
Levou com ele seu louro
Levou seu cabelo loiro com ele
(Que o levou a se matar)
(Que o fez querer se matar.)
E um gato de estimação
E um gato que ele estimava muito
Tem dias que eu fico pensando na vida
Às vezes penso sobre a vida
E sinceramente não vejo saída
E não encontro uma resposta clara ou solução
(Há esse foi um samba que eu e ele fizemos na Bahia)
(Esta é uma música que eu e ele fizemos em Bahia)
Como é por exemplo que dá pra entender
Como entender, por exemplo
Um período lá e que de princípio não dei muita importância a ele
Um período de tempo que inicialmente não considerei importante
A gente mal nasce começa a morrer
Assim que nascemos, começa o processo de envelhecimento e morte
(E depois foi crescendo consideravelmente)
(E depois cresceu bastante)
Depois da chegada vem sempre a partida
Após a chegada vem sempre a partida
(Na minha opinião e na minha estima)
(Na minha opinião e na minha experiência)
Porque não há nada sem separação
Porque nada dura para sempre
Sei lá sei lá a vida é uma grande ilusão
A vida é um mistério e não podemos ter certeza de nada.
Sei lá sei lá só sei que ela está com a razão
Não sei, mas algo me diz que a vida é justa.
Ninguém nunca sabe que males se apronta
Ninguém sabe o que o futuro reserva.
Fazendo de conta fingindo esquecer
Nós fingimos esquecer o que sabemos.
Que nada renasce antes que se acabe
Tudo tem um fim antes de um novo começo.
O sol que desponta tem que anoitecer
Cada início tem um final.
De nada adianta ficar-se de fora
Não adianta não participar.
A hora do sim é o descuido do não
Devemos aproveitar as oportunidades.
Sei lá sei lá só sei que é preciso paixão
Não sei, mas acredito que precisamos de paixão.
Sei lá sei lá a vida tem sempre razão
Não sei, mas sinto que a vida sempre tem a razão.
Ele era um menino valente e caprino
Ele era um menino corajoso e teimoso.
(Ai eu conheci esse menino)
(Eu conhecia esse menino)
Um pequeno infante sadio e grimpante
Um garoto saudável e imprevisível.
(Conheci ele desde pequenininho)
(Eu conhecia ele desde ele era muito pequeno)
Anos tinha dez e asas nos pés
Ele tinha dez anos e era muito ativo.
Com chumbo e bodoque era plic e ploc
Brincando com chumbo e bodoque, fazia barulhos
O olhar verde-gaio parecia um raio
Seu olhar verde brilhava como um raio.
(Onde ele passava suas férias e eu me lembro muito bem dele)
(Eu o conhecia do lugar onde passávamos as férias e lembrava-me dele muito bem)
Para tangerina pião ou menina
Ele brincava com bolas, piões e meninas.
Por isso fazia seu grão de poesia
Ele escrevia poemas por causa disso
E achava bonita a palavra escrita
E achava que as palavras escritas eram bonitas
Por isso sofria de melancolia
Por causa disso, ele sofria de melancolia
Sonhando o poeta que quem sabe um dia
Sonhando um dia em se tornar um poeta
poderia ser...
E talvez um dia ele pudesse ser...
Lyrics © Universal Music Publishing Group
Written by: Vinicius De Moraes, Antonio Pecci Filho Toquinho
Lyrics Licensed & Provided by LyricFind
Patrick G
O meu vizinho do lado
Se matou de solidão
Ligou o gás, o coitado
Último gás do bujão
Porque ninguém o queria
Ninguém lhe dava atenção
Porque ninguém mais lhe abria
As portas do coração
Levou com ele seu louro
E um gato de estimação
Há tanta gente sozinha
Que a gente mal adivinha
Gente sem vez para amar
Gente sem mão para dar
Gente que basta um olhar
Quase nada
Gente com os olhos no chão
Sempre pedindo perdão
Gente que a gente não vê
Porque é quase nada
Eu sempre o cumprimentava
Porque parecia bom
Um homem por trás dos óculos
Como diria Drummond
Num velho papel de embrulho
Deixou um bilhete seu
Dizendo que se matava
De cansado de viver
Embaixo assinado Alfredo
Mas ninguém sabe de quê
Thiago W. Flores
0:14 - 0:21
O meu vizinho do lado se matou de solidão
0:21 - 0:28
Abriu o gás, o coitado
O último gás do bujão
0:30 - 0:37
Porque ninguém o queria
Ninguém lhe dava atenção
0:38 - 0:46
Porque ninguém mais lhe abria
As portas do coração
0:46 - 0:53
Levou com ele seu louro
E um gato de estimação
0:57 - 1:11
Há tanta gente sozinha
Que a gente mal adivinha
1:12 - 1:21
Gente sem vez para amar
Gente sem mão para dar
1:21 - 1:29
Gente que basta um olhar
Quase nada
1:29 - 1:37
Gente com os olhos no chão
Sempre pedindo perdão
1:37 - 1:43
Gente que a gente não vê
Porque é quase nada
1:44 - 1:50
Eu sempre o cumprimentava
Porque parecia bom
1:52 - 1:58
Um homem por trás dos óculos
Como diria Drummond
2:00 - 2:06
Num velho papel de embrulho
Deixou um bilhete seu
2:08 - 2:15
Dizendo que se matava
De cansado de viver
2:16 - 2:27
Embaixo assinado Alfredo
Mas ninguém sabe de quê.
Gilmar De Souza
quem foi voluntário do cvv conhece essa música.
Regicley
É nóis! TMJ!
Bob Corder
Você precisa ser forte para escutar essa música, LINDA E CONTUNDENTE, coisa de gênio.
Patrick G
O meu vizinho do lado
Se matou de solidão
Ligou o gás, o coitado
Último gás do bujão
Porque ninguém o queria
Ninguém lhe dava atenção
Porque ninguém mais lhe abria
As portas do coração
Levou com ele seu louro
E um gato de estimação
Há tanta gente sozinha
Que a gente mal adivinha
Gente sem vez para amar
Gente sem mão para dar
Gente que basta um olhar
Quase nada
Gente com os olhos no chão
Sempre pedindo perdão
Gente que a gente não vê
Porque é quase nada
Eu sempre o cumprimentava
Porque parecia bom
Um homem por trás dos óculos
Como diria Drummond
Num velho papel de embrulho
Deixou um bilhete seu
Dizendo que se matava
De cansado de viver
Embaixo assinado Alfredo
Mas ninguém sabe de quê
Eunice Rosa dos Santos Martins Vieira
Patrick G obrigada pela linda poesia, há tanta solidão nesta letra do Vinicius, estamos vivendo um momento de profunda tristeza que me veio esta música na lembrança.
Patrick G
@Eunice Rosa dos Santos Martins Vieira é realmente magnífica a habilidade do Vinícius... A Poesia é incrível consegue passar a tristeza de quando ele escreveu
Ana Leão
Lindo
Henrique K
"Eu sempre o cumprimentava
Porque parecia bom
Um homem por trás dos óculos
Como diria Drummond"
Profunda demais essa canção. Grande Vinicius.
Bazingueiro Loko XD
Caralho, tenho você adicionado no cancrobook.
Bazingueiro Loko XD
Vejo que você tem um goodtaste, amigo.